(Ricardo Moraes/Reuters)
Guilherme Guilherme
Publicado em 17 de janeiro de 2023 às 11h54.
Última atualização em 17 de janeiro de 2023 às 14h27.
A Rede D'Or (RDOR3) concluiu o processo de fusão com a SulAmérica no fim do ano passado. Mas as sinergias do negócio ainda não foram precificadas, segundo o BTG Pactual, havendo ainda oportunidade de alta das ações em decorrência da operação. A empresa é a preferida de analistas do banco para o setor de saúde, que veem espaço para as ações ainda subirem 45% até baterem o preço-alvo de R$ 38 reais. A recomendação é de compra da ação.
Ainda que os númeos ainda não tenham sido oficialmente anunciados, O BTG estima que a fusão entre Rede D'Or e SulAmerica possui potencial de gerar em 5 anos R$ 6,2 bilhões em sinergias -- cerca de 10% de todo o valor de mercado das empresas combinadas.
O cálculo ainda deixou de fora potenciais sinergias relacionadas ao pagamento de impostos. O valor, projetam os analistas, deve partir da economia de R$ 3 bilhões com gastos adminsitrativos. Outros R$ 3,2 bilhões, prevê o BTG, deve ser gerado pelo redirecionamento de despesas médicas.
"No segmento hospitalar, a Rede D'Or deve colher ganhos de margem com maior escalabilidade, redução de custos e maior ticket médio", afirmaram os analistas. Do lado das sinergias com gastos administrativos e de vendas, o BTG ressalta que a a Rede D'Or tem uma das mais eficientes do mercado, sendo a otimização da estrutura da SulAmérica uma das prioridades.
"A estrutura administrativa, contratos de aluguel, terceirização e despesas tributárias devem em breve começar a ser otimizados pela nova gestão, com algumas mudanças no horizonte para o preço-alvo das ações." As despesas SG&A (gerais, adiminsitrativas e de vendas, na sigla em inglês) da SulAmérica representam 7,5% de sua receita líquida, lembram os analistas. A expectativa é de que, com a otimização de sua estrutura, a SG&A da SulAmérica seja reduzido para 5,5% da receita líquida.
O BTG ainda espera que a que empresa formada pela união de Rede D'Or e SulAmérica dê lucros robustos para o próximo ano. A projeção é de que a taxa de crescimento anual (CAGR) fique em 40% nos próximos três anos. Pela estimativa, as ações estariam sendo negociadas próximas de 15x Preço/Lucro para 2024.