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Recorde de contágios de coronavírus em 24h pesará nas bolsas?

No domingo, a Organização Mundial de Saúde revelou que 183.000 pessoas foram contaminadas em 24 horas, o maior número desde o início da pandemia

Coronavírus: as notícias sobre o avanço da pandemia pioraram nos últimos dias (Eduardo Frazão/Exame)

Coronavírus: as notícias sobre o avanço da pandemia pioraram nos últimos dias (Eduardo Frazão/Exame)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 22 de junho de 2020 às 07h03.

Última atualização em 22 de junho de 2020 às 07h04.

O risco de uma segunda onda de contágio atrasar a reabertura e trazer impactos negativos para as economias deve ser o grande tema nas mesas de negociações mundo afora esta semana. Na sexta-feira, vale lembrar, o Ibovespa teve o quarto pregão consecutivo de alta, subindo 0,46% e batendo 96.572 pontos.

De lá para cá, as notícias sobre o avanço da pandemia pioraram. Brasil, Índia e Estados Unidos seguem como os principais focos da doença. No domingo, a Organização Mundial de Saúde revelou que 183.000 pessoas foram contaminadas em 24 horas, o pior dia de contágio desde que a covid-19 foi declarada uma pandemia, há mais de 100 dias. Países europeus que pareciam ter controlado a pandemia, como a Alemanha, viram a taxa de reprodução do vírus voltar a subir.

Na semana passada, o Fundo Monetário Internacional alertou que a economia global pode retrair mais que os 3% anteriormente previstos. No Brasil, a economia deve encolher 7%, segundo previsão da Exame Research, com taxa de desemprego batendo 16%. Segundo Arthur Mota, economista da Exame Research, a recuperação econômica não deve ser em V, como prevê parte dos investidores, mas em U.

O Brasil chegou na sexta-feira a 1 milhão de casos de coronavírus, numa conta que, incluindo a subnotificação, pode ir a 8 milhões de contaminados. O número de mortos, por sua vez, bate 50.000 no sábado, numa escalada sem previsão de arrefecer. No início desta segunda-feira, o secretário de Saúde do estado do Rio de Janeiro, Fernando Ferry, pediu demissão. É mais um episódio que mostra o dilema em estados e municípios que reabrem a economia mesmo com o avanço no número de casos.

Neste sábado, em comício eleitoral, o presidente americano, Donald Trump, citou o Brasil e a Suécia como exemplos ruins de países que fracassaram no combate à pandemia. Trump também disse que era hora de os Estados Unidos reduzirem os testes para que o número de novos casos pare de subir. Com 2,3 milhões de contaminados, o país tem até agora 119.000 mortos.

Nesta segunda-feira, as bolsas fecharam em leve queda na Ásia, mas abriram em leve alta na Europa, o suficiente para que os principais índices do continente já tenham empatado as perdas com a pandemia do novo coronavírus.

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