Bolsa de Moscou: Os ganhos nesta quinta neutralizaram parcialmente as perdas da Bolsa logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro (Maxim Shemetov/Reuters)
Agência O Globo
Publicado em 24 de março de 2022 às 10h59.
Última atualização em 24 de março de 2022 às 11h20.
Contrariando todas as previsões e apesar das enormes sanções que estão sofrendo do Ocidente, dez oligarcas russos ficaram US$ 8,3 bilhões mais ricos só nesta quinta-feira.
Após um mês com operações suspensas, a bolsa de Moscou reabriu hoje liberando apenas 33 das 40 ações listas em seu principal índice para negociações. O índice Moex, uma referência local, chegou a subir 12%.
No último mês, bilionários russo com ligações com o Kremlin tiveram iates e imóveis confiscados na União Europeia e no Reino Unido. Outros correram para fazer alterações societárias em suas empresas e, assim, escapar de sanções.
Mas dez titãs com empresas cujas ações voltaram a ser negociadas na bolsa de Moscou viram, agora, suas fortunas engordarem em US$ 8,3 bilhões, segundo levantamento da Bloomberg.
Vladimir Potanin, Leonid Mikhelson and Gennady Timchenko tiveram um ganho de mais de US$ 1 bilhão nesta quinta-feira. Timchenko sofreu sanções da União Europeia e do Reino Unido — e também dos Estados Unidos em 2014, quando a Rússia anexou a Crimeia.
Potanin e Mikhelson não foram alvo de sanções.
Os ganhos nesta quinta neutralizaram parcialmente as perdas da bolsa logo após a invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro. Naquele dia, o índice Moex desabou 33%, antes de ter as negociações suspensas.
Antes da paralisação, os 23 bilionários russos que figuram na lista dos 500 mais ricos do mundo tinham, juntos, uma fotuna de US$ 316 bilhões.
A reabertura da bolsa de Moscou ocorreu com algumas restrições. Os estrangeiros não podem vender os papéis que detêm e as chamadas vendas a descoberto foram vetadas.