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Queda de 30% não torna Usiminas uma boa opção na bolsa, diz Citi

Analistas não enxergam nenhum fator positivo para a empresa no curto prazo e esperam que papel continue com valor baixo

Funcionário em unidade da Usiminas: queda de 30% não é oportunidade para comprar ação (Kiko Ferrite)

Funcionário em unidade da Usiminas: queda de 30% não é oportunidade para comprar ação (Kiko Ferrite)

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Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2012 às 15h22.

São Paulo – Os papéis preferenciais classe A da Usiminas (USIM5) já caíram mais de 30% neste ano e, mesmo assim, ainda não é uma boa ideia colocar dinheiro nessas ações. A opinião é dos analistas Fernando Siqueira e Hugo Rosa, do Citi.

Em relatório de análise enviado para clientes, eles mantêm a recomendação de venda para os papéis e afirmam que a desvalorização recente das ações ainda não abre uma boa oportunidade de compra do ativo. “Nossa preferência entre as siderúrgicas é a Gerdau, com rating neutro”, afirmam. Ainda assim, o preço-alvo para o papel da Usiminas é de 11 reais, potencial de valorização de 69,5%.

Os analistas do Citi destacam que a empresa está chegando perto da fase mais intensiva de investimentos em seu projeto de mineração. O caixa operacional da companhia, porém, é baixo e insuficiente para cobrir as necessidades desse projeto, estimam os analistas.

“Além disso, a empresa já teve que renegociar covenants recentemente, o que deve dificultar novas captações”, afirmam. Essa renegociação aconteceu em junho, quando os debenturistas da quarta emissão de papéis da siderúrgica aprovaram o descumprimento de índice de índices de endividamento ao final dos segundo e quarto trimestres deste ano mediante pagamento pela empresa de taxa de 0,3 por cento do valor nominal unitário dos papéis.

Os analistas destacam que não há acontecimentos positivos previstos num horizonte próximo. Algumas notícias dão conta de que ela poderia emitir novas ações nos próximos meses. O Citi, porém, não acredita nisso justamente pela baixa cotação atual do papel.

Além disso, o preço do aço deve continuar em baixa mundialmente por um excesso de capacidade e uma fraca demanda sazonal no terceiro trimestre, ressalta o banco.

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