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Preço pela Redecard é justo para acionistas, afirma Setubal

Valor de 35 reais está abaixo da cotação alcançada ontem, mas não inclui os dividendos que deverão ser pagos no primeiro semestre

“Estimamos o preço com base no preço-alvo que o mercado projetava para daqui a 12 meses", disse Setubal (Fabiano Accorsi/EXAME.com)

“Estimamos o preço com base no preço-alvo que o mercado projetava para daqui a 12 meses", disse Setubal (Fabiano Accorsi/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 8 de fevereiro de 2012 às 10h40.

São Paulo – Em teleconferência com analistas realizada há pouco, Roberto Setubal, presidente do Itaú Unibanco (ITUB3; ITUB4), afirmou que o preço de 35 reais oferecido por ação da Redecard (RDCD3) na operação de fechamento de capital é bom para o banco e justo para os outros acionistas.

“Estimamos o preço com base no preço-alvo que o mercado projetava para daqui a 12 meses, mas estamos oferecendo esse valor hoje”, disse. Ele lembrou que o prêmio seria um pouco maior, já que o valor de 35 reais não inclui o dividendo por papel da Redecard que está com pagamento próximo. “O pagamento de dividendos deve acontecer entre final de abril e início de maio”, afirmou.

Segundo uma pesquisa da Thomson Reuters com 19 analistas, o preço-alvo médio projetado é de 35 reais.

A questão é que, com a notícia da OPA (oferta pública de aquisições), a cotação do papel disparou ontem na e fechou em 35,40 reais. Para justificar o valor ofertado, Setubal afirmou que a oferta foi elaborada com base em dados conhecidos do mercado. “Acreditamos que vamos conseguir ter sucesso e grande adesão [dos minoritários], o que nos permitirá fechar o capital da companhia”, disse.

Com o valor ofertado, a operação deve totalizar 11,8 bilhões de reais, muito acima do que valeria se fosse realizada entre o final de 2010 e o início de 2011, quando o valor do papel chegou a bater 17 reais. “Naquela época, havia muitas dúvidas sobre a evolução da Redecard, então o prêmio de risco seria também muito alto”, explica.

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