Petrobras: (MAURO PIMENTEL/AFP/Getty Images)
Guilherme Guilherme
Publicado em 1 de novembro de 2022 às 09h00.
Última atualização em 1 de novembro de 2022 às 14h17.
As ADRs da Petrobras (PETR4) avançam mais de 3% no pré-mercado dos Estados Unidos nesta terça-feira, 1, sinalizando recuperação de parte das perdas do dia anterior.
As ADRs caíram 4,68% na segunda-feira, 31, após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições do fim de semana. O movimento foi ainda mais drástico na B3. Sem o efeito da valorização do real, que fechou em forte alta frente ao dólar no início da semana, as ações da estatal tombaram 8,47% no mercado brasileiro.
Demonte de apostas de privatização em um eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro e incertezas sobre a política de preços da estatal no novo governo impulsionaram as perdas.
Mas ainda que muitas dúvidas sobre o futuro da Petrorbas permanecem na mesa de investidores, os negócios do pre-mercado americano indicam que, ao menos nesta terça, o dia deve ser de recuperação.
Esperanças de que a transição de governos seja menos turbulenta que a esperada contribuem com a melhor percepção sobre o mercado brasileiro. Ainda que Bolsonaro não tenha reconhecido publicamente a vitória de seu adversário, aliados próximos ao presidente já demonstraram respeito ao resultado das urnas, adotando o tom de derrota em vez do de confrontamento.
Senador e coordenador da camapanha presidencial, Flávio Bolsonaro foi o primeiro da família a dar declarações. Por meio da rede social, Flávio agradeceu os votos em seu pai e disse que o momento é de "levantar a cabeça".
Além da melhora do ambiente interno, nem que seja apenas no curto prazo, um fator internacional pode beneficiar as ações da Petrobras: a alta do petróleo.
A commodity referência para os preços praticados pela companhia se valoriza mais de 1% nesta manhã, com o barril sendo negociado próximo de US$ 94. O patamar é mais de 12% acima do registrado no início do mês passado.
A expectativa é de que, com o fim das eleições, a Petrobras volte a subir o combustível para se equiparar aos preços praticados no exterior.