Invest

Prata ultrapassa US$ 60 com expectativa de corte de juros nos EUA

Expectativa é que o BC norte-americano reduza a taxa de juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira, 10

Invest: ouro e prata avançam (asbe/iStock/Getty Images)

Invest: ouro e prata avançam (asbe/iStock/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 15h48.

A prata ultrapassou US$ 60 a onça pela primeira vez, impulsionada pela expectativa de novos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) e pela restrição contínua de oferta. O ouro também registrou alta.

Segundo informações da Bloomberg, o preço à vista da prata subiu até 4,1%, alcançando US$ 60,54 a onça, superando o pico registrado na semana passada. O movimento tem sido sustentado pela expectativa de que o BC norte-americano reduza a taxa de juros em 0,25 ponto percentual nesta quarta-feira, 10. Apesar da cautela dos investidores quanto ao ritmo de afrouxamento monetário em 2026, o corte praticamente certo amanhã já impulsiona os preços do metal.

“Os traders estavam definitivamente à espera de cortes”, afirmou à Bloomberg Rhona O’Connell, chefe de análise de mercado da StoneX Financial. Taxas mais baixas geralmente beneficiam metais preciosos como ouro e prata, que não rendem juros.

O avanço da prata também é sustentado por um mercado físico ainda apertado, apesar do alívio recente com o envio de mais metal para Londres, enquanto estoques na China seguem em níveis historicamente baixos.

Além disso, os operadores também monitoram a chance de novas tarifas sobre a prata, que entrou na lista de minerais críticos dos EUA no mês passado. O medo de que o metal passe a ter um custo extra repentino no mercado americano tem desestimulado o envio de cargas ao país.

A temporada de festas e o baixo volume de negociação física no mercado de balcão de Londres também ampliaram os movimentos de preço.

Ouro e outros metais também avançam

O ouro também avançou, à medida que os traders aguardam o corte de juros praticamente certo pelo Fed e sinais sobre o afrouxamento monetário em 2026. Analistas da BMI, unidade da Fitch Solutions, disseram à Bloomberg que qualquer pausa do Fed na redução das taxas pode pesar sobre o ouro, que poderia cair “abaixo de US$ 4.000 a onça” caso o ciclo de afrouxamento iniciado em 2024 perca força.

Apesar disso, o ouro acumulou alta de cerca de 60% no ano, impulsionado por compras elevadas de bancos centrais e fortes entradas em ETFs (fundos de índices). Embora tenha recuado do pico acima de US$ 4.380 a onça em outubro, mantém suporte na expectativa de novos cortes nos EUA. A Pacific Investment Management Co. projeta que o ouro continue performando bem, com bancos centrais mantendo mais ouro do que Treasuries.

Por volta das 15h06 (horário de Brasília), o contrato futuro de prata subia 4,23%, a US$ 60,88 a onça, enquanto o do ouro avançava 0,37%. Platina e paládio também registraram ganhos expressivos.

Acompanhe tudo sobre:OuroCommoditiesMetais

Mais de Invest

IPVA 2026 no RS: veja as novas alíquotas e como calcular

Ibovespa hoje: acompanhe o movimento da bolsa e dólar nesta terça-feira, 9

Eve recebe investimento de R$ 200 milhões do BNDES

Magalu abre megaloja na Paulista com valor equivalente à abertura de 10 lojas