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Barsi explica por que investidor não deve se preocupar com queda da bolsa

O bilionário conhecido como o "Rei dos Dividendos" afirma que o recuo de mais de 13% da bolsa em 2021 não afeta sua estratégia de investimentos

Barsi: "sempre me perguntam o que eu acho da bolsa e do mercado. Eu não ma preocupo" | Foto: Gunther de Werk/EXAME (Gunther de Werk/Exame/Exame)

Barsi: "sempre me perguntam o que eu acho da bolsa e do mercado. Eu não ma preocupo" | Foto: Gunther de Werk/EXAME (Gunther de Werk/Exame/Exame)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 21 de novembro de 2021 às 08h19.

Última atualização em 21 de novembro de 2021 às 10h04.

A queda acumulada do Ibovespa de mais de 13% em 2021 pode ter deixado muitos investidores receosos, não sem razão. O persistente risco fiscal, a incerteza política a um ano da eleição e o aumento da taxa de juro no país são necessários pontos de atenção para quem investe. Entretanto Luiz Barsi Filho, 82, um dos maiores investidores individuais da bolsa brasileira, afirma não estar preocupado.

“Sempre me perguntam o que eu acho da bolsa e do mercado. Eu não acho nada. Eu não me preocupo. Sabe por quê? Eu não olho para eles”, disse em entrevista à EXAME Invest na sede Conselho Regional de Economia de São Paulo (Corecon-SP).

O foco do bilionário investidor, que tem uma fortuna estimada em 2 bilhões de reais, é o desempenho das empresas listadas, independente do cenário econômico ou político. “Eu sempre avalio o projeto da empresa, como ela se comporta e seus números.”

Barsi destacou ainda que avalia o compromisso dos controladores e dos gestores da companhia. Um exemplo para ele são as empresas de papel e celulose: Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3).“No caso da Klabin, a família inteira tem ações da empresa. O controlador tem garra com a empresa, ele investe. Por isso, ela evoluiu muito nos últimos tempos.”

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Longe da carteira

Com experiência de 50 anos no mercado, Barsi afirma acompanhar o histórico de muitos setores e busca investir em empresas de setores cujos negócios sejam perenes, como saneamento e energia. Por outro lado, alguns setores passam longe da carteira de investimentos, como varejo, aviação, turismo e construção civil.

“Nenhuma empresa do setor de aviação durou para gerar um investimento necessário no longo prazo. Todas elas quebraram e acredito que todas vão continuar quebrando. As empresas de turismo têm o mesmo histórico das empresas de aviação. E eu invisto a longo prazo”, explicou o investidor sobre o racional para a escolha de setores.

Em relação ao varejo, o economista comentou sobre as ações do Magazine Luiza (MGLU3). “Eu nunca vou perder com o Magazine Luiza, mas nunca vou ganhar. É um encanto para as outras pessoas, mas não para mim.”

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Entre small caps, Barsi destacou as ações da Taurus (TASA4). Ele comprou ações da companhia quando elas custavam 70 centavos. Atualmente, os papéis são negociados na casa dos 21 reais. Em 12 meses, a empresa já subiu 112%.

O bilionário é um entusiasta da empresa e afirma que a Taurus é a única brasileira que é líder de mercado e exporta produto industrializado aos Estados Unidos. Hoje, ele tem uma participação superior a 10% na companhia.

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