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Petrolífera YPF amplia programa de emissão de dívida

A empresa, que foi nacionalizada em maio, precisa obter financiamento de 7,4 bilhões de dólares para cobrir parte dos 37,2 bilhões de dólares que pretende investir até 2017

Repsol YPF: petrolífera vendeu 1,5 bilhão de pesos em títulos de curto prazo (Cristina Arias/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2012 às 22h20.

Buenos Ajres  - Acionistas da petrolífera argentina YPF aprovaram em assembléia nesta quinta-feira uma emissão de 2 bilhões de dólares em bônus, na busca por fundos para financiar um ambicioso plano estratégico de investimento e melhorar o perfil de endividamento da companhia.

A empresa, que foi nacionalizada em maio, precisa obter financiamento de 7,4 bilhões de dólares para cobrir parte dos 37,2 bilhões de dólares que pretende investir até 2017 para aumentar sua decrescente produção de petróleo.

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Na assembléia desta quinta-feira, os acionistas concordaram em expandir um programa de dívida de médio prazo para 3 bilhões de dólares, ante o 1 bilhão de dólares pré-aprovado. A YPF já fez emissões equivalentes a 460 milhões de dólares neste programa.

A petrolífera vendeu 1,5 bilhão de pesos (322 milhões de dólares) em títulos de curto prazo no mercado local nesta semana, em sua primeira emissão desde a nacionalização.


A parcela de longo prazo foi emitida com um rendimento variável de cerca de 180 pontos básicos acima de títulos semelhantes. Os títulos foram comprados principalmente pelo fundo de pensão estatal, o Anses.

O presidente da YPF, Miguel Galuccio, disse durante a reunião de acionistas que a empresa quer ir ao mercado de capitais para cobrir sua despesas e melhorar seu perfil de endividamento, que é principalmente de curto prazo.

"Nós consideramos a possibilidade de uma emissão externa no passado recente", disse ele, sem dar mais detalhes.

Após a nacionalização, os mercados de capitais começaram a considerar a dívida da YPF como quase soberanas, o que implica que a empresa pode ter que pagar taxas mais altas do que as similares ao buscar financiamentos no exterior.

O governo expropriou 51 por cento da YPF nas mãos da espanhola Repsol, acusando a empresa de não fazer investimentos suficientes para conter a queda na produção de petróleo e gás, forçando o país aumentar as importações.

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