IPO da Queiroz Galvão Exploração e Produção pode levantar 2,3 bilhões de reais na bolsa (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2011 às 11h39.
São Paulo - A Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP), braço do grupo de infraestrutura Queiroz Galvão na área de petróleo e gás, pode levantar mais de 2,3 bilhões de reais em oferta pública inicial de ações (IPO, em inglês) na BM&FBovespa.
A companhia planeja emitir 69.340.017 ações em distribuição primária, cuja faixa de preço por papel estimada pelos coordenadores da oferta é de entre 23 e 29 reais. Se considerado o teto da projeção, a operação pode resultar em cerca de 2 bilhões de reais.
A oferta pode incluir também um lote suplementar de 10.401.002 ações, o que elevaria o montante obtido a 2,3 bilhões de reais.
Em prospecto divulgado nesta quarta-feira, a QGEP informa que a operação pode ser acrescida de uma oferta secundária (venda de papéis detidos pelos atuais sócios) caso seja ofertado um lote adicional de ações. Neste caso, seriam emitidos 13.868.003 papéis, que podem resultar em pouco mais de 402 milhões de reais.
Entre 10 e 15 por cento do total de ações serão destinadas a investidores de varejo, que podem realizar aporte de até 300 mil reais. Os investimentos que superarem este valor serão enquadrados na oferta institucional.
O período de reserva das ações vai de 26 de janeiro a 4 de fevereiro. A fixação do preço ocorre em 7 de fevereiro e a estreia dos papéis da QGEP na Bovespa, sob o código QGEP3, está prevista para dois dias depois.
A oferta é coordenada pelos bancos Itaú BBA (líder), Bank of America Merrill Lynch e BTG Pactual.
A QGEP afirma ser a maior companhia de controle privado brasileiro no setor de petróleo e gás, em termos de produção diária em barris equivalentes de petróleo no país, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em dezembro de 2009.
O grupo possui direitos de concessão sobre oito blocos exploratórios na costa brasileira, incluindo os reservatórios no pré-sal, localizados nas Bacias de Santos e em Jequitinhonha e Camamu, além de 45 por cento de participação na concessão do Campo de Manati, localizado na Bacia de Camamu, na Bahia.