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Petróleo sobe mais e supera US$ 123 com embargo europeu a produto russo

Alívio nas restrições da China também influencia no preço

 (Regis Duvignau/Reuters)

(Regis Duvignau/Reuters)

AO

Agência O Globo

Publicado em 31 de maio de 2022 às 09h57.

Última atualização em 31 de maio de 2022 às 09h58.

Os preços do petróleo tiveram alta nesta terça-feira depois que a União Europeia concordou em proibir parcialmente o petróleo da Rússia, e a China decidiu suspender algumas restrições ao coronavírus durante um aumento de demanda antes do pico da temporada de verão nos EUA e na Europa.

O petróleo do tipo Brent para julho, cujo contrato encerra nesta terça-feira, aumentou US$ 2,31, ou 1,9%, chegando a US$ 123,98 por barril no começo da manhã, após chegar a custar US$ 124,10, valor mais alto desde o dia 9 de março. O contrato para agosto, que está ativo, subiu US$ 2,44, chegando a US$ 120,04 por barril. Não houve comercializações na segunda-feira por causa de um feriado nacional nos Estados Unidos.

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Os contratos para julho que encerram em maio estão no sexto mês de altas seguidas.

Os líderes da União Europeia concordaram, a princípio, em cortar 90% das importações de petróleo da Rússia até o final de 2022, sanção mais dura do bloco desde a invasão da Ucrânia, três meses atrás.

O embargo isenta o petróleo dos oleodutos da Rússia de ser concedido à Hungria.

— Como dois terços das exportações russas de petróleo bruto são marítimas, cerca de 1,5 milhão de barris por dia (bpd) de petróleo precisarão ser substituídos pela UE — afirmou o analista da PVM Tamas Varga.

Ele acrescentou:

— Este volume é, na verdade, mais próximo de 2.1-2.2 milhões de bpds já que ambas a Polônia e a Alemanha estão planejando parar de adquirir os produtos vindo dos oleodutos até o fim deste ano.

Inflação recorde

As ações na zona do Euro despencaram nesta terça-feira após dados mostrarem que a inflação na região subiu a um patamar recorde no mês de maio, fazendo com que o mercado aposte em um aumento na taxa de juros pelo Banco Central Europeu.

A inflação nos 19 países que compartilham o Euro acelerou para 8,1% em maio, contra 7,4% do índice de abril, bem acima das estimativas de 7,7% projetadas após a alta dos preços, indicando que não é mais apenas a energia que está puxando a porcentagem para cima.

Os preços da energia saltaram 39,2%, um resultado da crise de energia global causada pela guerra.

Os preços dos alimentos subiram 7,5%, enquanto os valores dos outros bens como roupas, acessórios, carros, computadores e livros ficaram 4,2% mais altos, e o custo dos serviços aumentou 3,5%.

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