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Petróleo fecha em leve queda com recuo na demanda

Por Álvaro Campos Nova York - Os contratos futuros de petróleo reverteram os ganhos registrados no começo da sessão e fecharam em queda, após o relatório do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA mostrar uma redução na demanda por derivados da commodity. Os contratos futuros negociados na Bolsa Mercantil de Nova […]

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2010 às 14h29.

Por Álvaro Campos

Nova York - Os contratos futuros de petróleo reverteram os ganhos registrados no começo da sessão e fecharam em queda, após o relatório do Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA mostrar uma redução na demanda por derivados da commodity.

Os contratos futuros negociados na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês) com entrega para novembro fecharam com perda de US$ 0,32 (0,38%), a US$ 82,69 o barril. Na plataforma ICE, o contrato do petróleo tipo Brent com entrega para novembro, que venceu hoje, fechou com queda de US$ 0,11 (0,13%), a US$ 84,53 por barril. O contrato para dezembro recuou US$ 0,65 (0,76%), para US$ 84,20 por barril.

Os dados do DoE fizeram com que o petróleo revertesse os ganhos acumulados durante a manhã, quando a commodity recebia suporte da queda do dólar. O relatório mostrou que na semana encerrada no dia 8 os estoques de petróleo tiveram uma queda de 416 mil barris. O recuo surpreendeu os analistas, que esperavam um aumento de 1,2 milhão de barris. Mas o relatório também mostrou que o consumo de petróleo nos EUA caiu 0,7%, para 18,333 milhões de barris por dia - o menor nível desde 27 de novembro do ano passado. A demanda por derivados também diminuiu, puxada por uma queda de 2% no uso de gasolina, que ficou em 8,812 milhões de barris por dia, o nível mais baixo desde 12 de fevereiro.

"A queda nos estoques de petróleo bruto parece dar suporte ao mercado, mas os números da demanda são muito frágeis", disse Tim Evans, analista de petróleo da Citi Futures Perspective. "Nenhuma das quedas nos estoques será vista como algo além de um gerenciamento das reservas das refinarias se não houver uma demanda maior dos consumidores por combustível, e é por isso que os números ruins da demanda são importantes", acrescentou.

Os estoques de gasolina diminuíram 1,769 milhão de barris, enquanto os estoques de destilados, categoria que inclui diesel e óleo para aquecimento, tiveram uma redução de 255 mil barris. Analistas esperavam que os estoques de gasolina perdessem 1,4 milhão de barris e os de destilados recuassem 1,5 milhão de barris.

Na tarde de ontem, o American Petroleum Institute (API) divulgou um relatório mostrando uma queda muito maior nos estoques. Segundo analistas, isso deu certo suporte aos preços do petróleo, embora a maior parte dos operadores tenha esperado pelos dados do DOE.

Os relatórios sobre os estoques não têm recebido muita atenção dos investidores nos últimos meses, com a atividade dos mercados financeiros dominando o cenário. Um dólar fraco e os ganhos dos mercados de ações têm amenizado receios sobre os crescentes estoques nos EUA e sobre a demanda, que permanece frágil. A fraqueza da moeda norte-americana torna o petróleo mais barato para compradores que usam outras divisas.

Sem a queda do dólar, alguns analistas dizem que a oferta e a demanda no mercado de petróleo dariam pouco suporte para os atuais preços. "Mas eu ainda acredito que as pessoas vão sair dos mercados de câmbio e comprar commodities", disse Zachary Oxman, diretor-gerente da TrendMax Futures.

Enquanto isso, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) decidiu novamente manter sua política de produção inalterada. A decisão já era esperada, com os produtores se beneficiando de um preço firme e consistente do petróleo.

Os contratos de gasolina reformulada (RBOB) com entrega para novembro fecharam com queda de US$ 0,0296, a US$ 2,1365 o galão. Os contratos de óleo para aquecimento com vencimento em novembro perderam US$ 0,0165, fechando a US$ 2,2839 o galão. As informações são da Dow Jones.

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