Petrobras precifica nova emissão de US$ 1,5 bi em títulos globais
A emissão, realizada por meio da subsidiária Petrobras Global Finance (PGF), apresenta cupom de 5,5% ao ano, com rendimento ao investidor de 5,75% ao ano
Reuters
Publicado em 2 de junho de 2021 às 20h08.
Última atualização em 2 de junho de 2021 às 21h39.
A Petrobras anunciou nesta quarta-feira a emissão de uma nova série de títulos no mercado internacional, com volume total de 1,5 bilhão de dólares e vencimento em 10 de junho de 2051, por meio da subsidiária Petrobras Global Finance (PGF).
A operação indica retorno ao investidor de 5,75% ao ano, com cupom de 5,5% ao ano, disse a Petrobras em comunicado. Segundo o serviço IFR, da Refinitv, a cifra se compara a um alvo inicial da companhia de cerca de 6,25%.
Os títulos têm garantia total e incondicional da Petrobras.
Em paralelo, a estatal também anunciou o início de uma oferta de recompra de títulos globais da PGF, prevendo utilizar até 2,5 bilhões de dólares nas operações.
Os recursos da nova emissão com vencimento em 30 anos serão usados para financiar essas recompras e, em caso de excesso, para propósitos corporativos diversos, disse a Petrobras, em linha com informação divulgada mais cedo pelo IFR.
Entre os títulos alvo da oferta de recompra estão "global notes" com vencimentos entre 2024 e 2050, segundo tabela divulgada no comunicado.
A oferta de recompra irá expirar em 8 de junho de 2021. A operação será conduzida por BofA Securities, Goldman Sachs, MUFG Securities Americas, Itau BBA USA Securities, J.P. Morgan, Santander Investment Securities e UBS Securities.
Petrobras inicia venda de sua participação na Deten Química, na Bahia
A Petrobras o processo de venda da totalidade de sua participação de 27,88% na petroquímica Deten, localizada no polo industrial de Camaçari (BA), informou a companhia em fato relevante publicado nesta quarta-feira.
A Deten fabrica e comercializa as principais matérias-primas para a produção de detergentes biodegradáveis líquidos e em pó, sendo a única produtora nacional de Linear Alquilbenzeno (LAB), disse a Petrobras.
A companhia fabrica ainda Ácido Linear Alquilbenzeno Sulfonato (LABSA) e Alquilado Pesado (ALP) --este, utilizado em aditivos lubrificantes e óleo têxtil, acrescentou a petroleira.
"Essa operação está alinhada à estratégia de otimização do portfólio e à melhora de alocação do capital da companhia, visando à maximização de valor para os seus acionistas", disse a Petrobras, que tem promovido desinvestimentos em segmentos não essenciais para focar nas atividades de exploração e produção de óleo e gás em águas profundas e ultraprofundas.