Tanques de armazenagem de gás natural da Petrobras, na Baia do Guanabara | Foto: Dado Galdieri/ Bloomberg (Dado Galdieri/Bloomberg)
Repórter
Publicado em 24 de novembro de 2023 às 09h00.
Última atualização em 24 de novembro de 2023 às 09h04.
A Petrobras (PETR4) anunciou que irá investir US$ 102 bilhões em cinco anos. O investimento está previsto no plano estratégico do quinquênio de 2024-2028. O montante supera o valor de mercado da petrolífera, avaliada em US$ 97,85 bilhões.
O investimento anunciado supera em 31% o anunciado pelo plano anterior. Do valor total US$ 91 bilhões será destinado a projetos em implementação e US$ 11 bilhões em projetos ainda em avaliação.
O aumento do Capex também passa por potenciais aquisições, volta de ativos que estavam em desinvestimento e a inflação de custos, informou a companhia.
Dos US$ 102 bilhões anunciados, 71% será destinado a atividades de extração e produção, 16% para refino, transporte e comercialização, 9% ficará com investimentos em gás e energia e baixo carbono e a área corporativa ficará com 3%. O financiamento será deito, principalmente, por fluxo de caixa.
O plano estratégico, afirmou a Petrobras, visa iniciar "um processo de integração de fontes energéticas essencial para uma transição energética". Embora investimentos em baixo carbono tenham ganhado relevância, a companhia avalia que a geração de valor será de longo prazo. No curto, óleo e gás continuarão como fatores "preponderantes de valor".
Dos investimentos em extração e produção, 67% será concentrado em estratégias atreladas ao pré-sal. A companhia avalia que a área "tem grande diferencial competitivo econômico e ambiental, com produção de óleo de melhor qualidade e com menores emissões de gases de efeito estufa".
Na frente de baixo carbono, a companhia espera investir até US$ 11,5 bilhões nos próximos cinco anos. As atividades foco da Petrobras serão: biorrefino, energias eólicas e solar e a captura, utilização e armazenamento de carbono e hidrogênio.
"A Petrobras está atravessando uma fase de mudanças e novas perspectivas, visando se preparar para a transição energética e para uma economia de baixo carbono", diz o plano estratégico.