Petrobras (PETR4) salta mais de 7% e lidera alta do Ibovespa após balanço do 2º tri
Companhia supera expectativas de mercado com R$ 170 bilhões em vendas e lucro de R$ 54,3 bilhões -- mais de 50% acima do esperado
Guilherme Guilherme
Publicado em 29 de julho de 2022 às 07h58.
Última atualização em 29 de julho de 2022 às 16h02.
As ações da Petrobras sobem mais de 7% e lideram as altas do Ibovespa no pregão desta sexta-feira, 29. A forte valorização ocorre em reação de investidores ao balanço do segundo trimestre divulgado na noite de ontem, 28.
Os papéis já tinham subido 3% no último pregão, após a companhia ter anunciado o pagamento de R$ 6,73 em dividendos, ainda com o pregão aberto.
O dividendo foi classificado por analistas do Itaú BBA como "muito positivo". "Foi uma surpresa, mesmo com nossa estimativa otimista de R$ 4,4 por ação. O dividendo anunciado corresponde a um rendimento de cerca de 21%, ante nossa estimativa de 15% para o trimestre."
Mas a surpresa do mercado com o resultado, divulgado após o fechamento do mercado, foi ainda maior. O Ebitda da Petrobras ficou em R$ 98,26 bilhões no segundo trimestre, 26% acima do registrado no mesmo período de 2021 e superior ao consenso da Bloomberg, que era de R$ 91,31 bilhões.
O lucro líquido também saiu bem acima do esperado, ficando em R$ 54,3 bilhões ante mediana de mercado de R$ 35,72 bilhões,
Analistas da Guide classificaram os dividendos como "astronômicos" e o resultado, "estelar". "Vemos a Petrobras cada vez mais eficiente, com margens recorrentemente apresentando melhoras, e o endividamento progressivamente encolhendo, que aliado ao elevado nível de geração de caixa e a sólida liquidez possibilitaram o anúncio de dividendo", disse Rodrigo Crespi, analista da Guide, em nota.
O forte desempenho da companhia foi resultado de maior receita, que segue crescente, com alta de 20,7% frente ao trimestre anterior para R$ 170,96 bilhões e de 54,4% contra o segundo trimestre do ano passado. A expectativa do mercado era de que as vendas ficassem em R$ 163 bilhões.
A Petrobras atribuiu o aumento de receita ao contexto de "retomada da demanda mundial por petróleo e derivados após o período crítico da pandemia da COVID-19 e oferta impactada pela guerra na Ucrânia", que levou ao maior volume de vendas de derivados e de petróleo e por preços mais elevados.