Petrobras é maior pagadora de dividendos no mundo no 2º trim.; veja ranking
Levantamento da Janus Henderson coloca estatal no pódio após pagamento de quase R$ 88 bi em dividendos
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Petrobras: companhia lidera o ranking de maiores pagadoras de dividendos pela primeira vez (Sergio Moraes/Reuters)
Publicado em 24 de agosto de 2022, 16h15.
Última atualização em 24 de agosto de 2022, 16h44.
A Petrobras (PETR3/PETR4) é a empresa que mais pagou dividendos no mundo considerando o segundo trimestre deste ano — foram R$ 87,8 bilhões em proventos, R$ 6,732 por cada ação preferencial e ordinária.
A conclusão é do Índice Global de Dividendos da sociedade gestora Janus Henderson, que possui US$ 299,7 bilhões sob gestão. O estudo é realizado desde 2009 com objetivo de analisar tendências de longo prazo sobre dividendos. Para este trimestre, foram analisados 1,2 mil pagamentos de dividendos de companhias ao redor do mundo.
O levantamento apontou dividendos trimestrais recordes de US$ 544,8 bilhões no segundo trimestre, 11,3% a mais em termos nominais na comparação ano a ano.
Com o pagamento, a Petrobras ficou pela primeira vez em primeiro lugar no ranking, foi também a primeira vez que a estatal entrou no top 10. A companhia ficou à frente de companhias como Nestlé, Rio Tinto e Microsoft.
Empresa | País | Segmento | |
1 |
Petrobras | Brasil | Produção de petróleo |
2 |
Nestlé | Suíça | Alimentos |
3 |
Rio Tinto | Reino Unido/ Austrália | Mineração |
4 |
China Mobile | China | Telecomunicações |
5 |
Mercedes-Benz | Alemanha | Automóveis |
6 |
BNP Paribas | França | Bancos |
7 |
Ecopetrol | Colômbia | Produção de petróleo |
8 |
Allianz | Alemanha | Seguros |
9 |
Microsoft | Estados Unidos | Tecnologia |
10 |
Sanofi | França | Farmacêutico |
Fonte: Índice Global de Dividendos da sociedade gestora global Janus Henderson |
O principal impulso veio de empresas dos Estados Unidos e da Europa. Ainda assim, os mercados emergentes tiveram destaque por conta das produtoras de petróleo — o pagamento de dividendos na região aumentou 22,5% na comparação anual.
“O aumento crescente dos preços do petróleo [no período] levou a um crescimento de US$ 14 bilhões em dividendos, metade dos quais veio da Petrobras, no Brasil, e grande parte do restante da Ecopetrol, na Colômbia”, informa o relatório.
Os pagamentos de dividendos no Brasil saltaram 163,6% em base subjacente, enquanto os pagamentos na Colômbia, representados exclusivamente pela Ecopetrol, foram 22 vezes maiores.