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Petrobras é a 13ª maior pagadora de dividendos do mundo; empresa ganha da Apple e LVMH

No segundo trimestre de 2024, a estatal distribuiu US$ 4,1 bilhões de proventos aos acionistas. Entre as petroleiras, a companhia é líder

Dividendos: Petrobras volta ao top 20 de empresas que mais pagaram dividendos no segundo trimestre de 2024 (André Motta de Souza / Agência Petrobras/Divulgação)

Dividendos: Petrobras volta ao top 20 de empresas que mais pagaram dividendos no segundo trimestre de 2024 (André Motta de Souza / Agência Petrobras/Divulgação)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 10 de setembro de 2024 às 16h38.

Última atualização em 10 de setembro de 2024 às 17h19.

Após ficar de fora em 2023, Petrobras (PETR4) voltou à lista de maiores pagadoras de dividendos no segundo trimestre de 2024, à frente inclusive de grandes empresas como Apple e LVMH (controladora da Louis Vuitton), revelou a 43ª edição do Global Divident Index, realizado trimestralmente pela consultoria Janus Henderson.

Em 2022, a estatal chegou a liderar a lista do segundo trimestre, quando distribuiu US$ 9,7 bilhões em dividendos. Agora, a petroleora distribuiu US$ 4,1 bilhões de proventos aos acionistas, o que a colocou na 13ª posição entre as maiores pagadoras de dividendos no período.

Já o primeiro lugar de maior pagador de dividendo no segundo trimestre deste ano ficou com o HSBC. Confira a lista:

  1. HSBC
  2. Nestlé
  3. China Mobile
  4. Mercedes-Benz Group
  5. Allianz
  6. BNP Paribas
  7. Microsoft
  8. Stellantis
  9. Sanofi
  10. AXA
  11. Toyota
  12. Rio Tinto
  13. Petrobras
  14. Zurich Insurance Group
  15. Tencent
  16. Deutsche Telekom
  17. LVMH
  18. BMW
  19. Apple
  20. L'Oréal

A petroleira foi a única do setor de petróleo a aparecer no top 20. Entretanto, outras petroleiras também a acompanharam no bom desempenho, ajudando a impulsionar o resultado dos países emergentes, que registraram um pagamento de US$ 42,4 bilhões em dividendos, alta de 18% na base subjacente, com destaque para Brasil, Colômbia e Tailândia.

Recorde global de dividendos

Os dividendos globais alcançaram um novo recorde. Ao todo, as 1,2 mil empresas analisadas pelo estudo pagaram US$ 606,1 bilhões no período, um aumento de 8,2% na base subjacente e 5,8% na base nominal (considerando a variação cambial).

O crescimento foi impulsionado em parte pela estreia de grandes empresas norte-americanas, como Meta e Alphabet, no pagamento de dividendos, o que contribuiu para um aumento de 1,1 ponto percentual na taxa global de crescimento e ajudou no crescimento de 8,6% dos proventos dos Estados Unidos.

Além disso, segundo a Janus, 92% das empresas em todo o mundo aumentaram ou mantiveram estáveis seus dividendos, o que colaborou para o resultado recorde.

A Europa também teve um papel importante no cenário global. No segundo trimestre, que é sazonalmente forte para a região, os dividendos totalizaram US$ 204,6 bilhões, também um novo patamar, com crescimento de 7,7% em relação ao ano anterior.

França, Itália, Suíça e Espanha se destacaram com pagamentos históricos, enquanto os bancos europeus, beneficiados pelo ambiente de taxas de juros mais altas, contribuíram para mais da metade do crescimento na região e um terço da alta mundial (em conjunto com outros bancos).

No Japão, outro mercado sazonalmente importante no segundo trimestre, os dividendos atingiram um novo recorde em ienes, apesar da fraqueza do câmbio ter limitado o crescimento em dólares. A Toyota Motor, maior pagadora de dividendos do Japão, liderou o crescimento após lucros recordes.

Confira a lista dos países que mais pagaram dividendos no período:

  1. Estados Unidos (US$ 161,6 bilhões)
  2. França (US$ 58,6 bilhões)
  3. Suíça (US$ 27,6 bilhões)
  4. Japão (US$ 37,2 bilhões)
  5. Alemanha (US$ 47,2 bilhões)
  6. Reino Unido (US$ 36,7 bilhões)
  7. Suécia (US$ 14,5 bilhões)
  8. Hong Kong (US$ 14,1 bilhões)
  9. Espanha (US$ 12,4 bilhões)
  10. Itália (US$ 17,2 bilhões)
  11. Canadá (US$ 15,9 bilhões)
  12. Austrália (US$ 7,1 bilhões)
  13. Singapura (US$ 5,0 bilhões)
  14. Noruega (US$ 5,9 bilhões)
  15. Brasil (US$ 5,6 bilhões)
  16. Coreia do Sul (US$ 9,3 bilhões)
  17. China (US$ 6,3 bilhões)
  18. Países Baixos (US$ 9,2 bilhões)
  19. Taiwan (US$ 3,9 bilhões)
  20. Áustria (US$ 3,8 bilhões)
  21. Emirados Árabes Unidos (US$ 3,3 bilhões)
  22. Índia (US$ 3,2 bilhões)
  23. Colômbia (US$ 3,2 bilhões)
  24. Bélgica (US$ 3,6 bilhões)
  25. Finlândia (US$ 2,1 bilhões)
  26. México (US$ 2,5 bilhões)
  27. Tailândia (US$ 2,5 bilhões)
  28. Kuwait (US$ 1,2 bilhões)
  29. África do Sul (US$ 1,4 bilhões)
  30. Portugal (US$ 1,5 bilhões)
  31. Dinamarca (US$ 0,3 bilhões)
  32. Irlanda (US$ 0,7 bilhões)
  33. Filipinas (US$ 0,4 bilhões)
  34. Chile (US$ 0,1 bilhões)
  35. Malásia (US$ 0,0 bilhões)
  36. Peru (US$ 0,0 bilhões)
  37. Turquia (US$ 0,0 bilhões)

Jane Shoemake, gerente de portfólio de clientes do time Global Equity Income na Janus Henderson, comenta que as expectativas eram otimistas para o segundo trimestre, mas o cenário foi “ainda mais brilhante” do que previam, graças à força da Europa, dos EUA, do Canadá e do Japão.

“Em todo o mundo, as economias, de modo geral, suportaram bem o ônus das taxas de juros mais altas”, afirma.

Após um segundo trimestre sólido, a Janus Henderson revisou para cima sua projeção de dividendos para 2024, estimando que as empresas de todo o mundo distribuam um recorde de US$ 1,74 trilhão, um aumento de 6,4% em comparação a 2023, na base subjacente.

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