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Petro, a "bitcoin" da Venezuela, começa a ser vendida hoje

O preço inicial estabelecido para a moeda foi 60 dólares, equivalente ao preço de um barril de petróleo venezuelano em meados de janeiro

 (NatanaelGinting/Thinkstock)

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Rita Azevedo

Rita Azevedo

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 10h36.

Última atualização em 20 de fevereiro de 2018 às 10h40.

São Paulo -- O governo da Venezuela iniciou nesta terça-feira a pré-venda da sua própria criptomoeda, a petro. As primeiras vendas surgem em meio a uma crise econômica sem precedentes, com um cenário de hiperinflação e restrições de bens alimentares e medicamentos.

No total, 38,4 milhões de petros foram ofertadas em uma pré-venda privada que prosseguirá até o dia 19 de março. No dia seguinte, acontecerá a oferta inicial pública de mais 44 milhões de petros. Outros 17,6 milhões serão reservadas ao Estado.

O preço inicial estabelecido para a petro foi 60 dólares, equivalente ao preço de um barril de petróleo venezuelano em meados de janeiro.

De acordo com o governo de Nicolás Maduro, a moeda será lastreada nas reservas de petróleo, gás, ouro e diamante do país.

"A moeda será negociada de forma segura e direta para evitar bloqueios e embargos” e “evitará o alto custo transacional das companhias e bancos processadores de pagamento”, afirmou Maduro em meados de janeiro.

A criação da petro foi anunciada em dezembro do ano passado como uma maneira de contornar as sanções dos Estados Unidos, que proíbem que cidadãos e empresas americanas negociem títulos da dívida venezuelana.

"Isto vai permitir que avancemos para novas formas de financiamento internacional para o desenvolvimento econômico e social do país”, disse Maduro na época, durante o seu programa semanal de televisão.

A medida foi duramente criticada pelo congresso do país, atualmente controlado pela oposição. No começo de janeiro, os parlamentares declararam a petro ilegal, afirmando que esse seria um esforço para hipotecar de maneira ilegal as reservas de petróleo. 

Com agências de notícias.

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