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Payroll, repercussão de balanços das big techs e produção industrial no Brasil: o que move o mercado

Clima é de cautela no mercado após dados divulgados ontem sobre a economia americana virem acima do esperado nos Estados Unidos

Radar: ações da Intel caem no pré-mercado e puxam índices futuros americanos para baixo (David Becker / Colaborador/Getty Images)

Radar: ações da Intel caem no pré-mercado e puxam índices futuros americanos para baixo (David Becker / Colaborador/Getty Images)

Rebecca Crepaldi
Rebecca Crepaldi

Repórter de finanças

Publicado em 2 de agosto de 2024 às 08h48.

Os mercados internacionais operam em forte queda na manhã desta sexta-feira, 2, ocasionado por um aumento das preocupações sobre a saúde da economia americana e das big techs. Ontem, os Estados Unidos divulgaram indicadores econômicos que apontaram para uma contração econômica, além dos pedidos de seguro-desemprego virem bem acima do esperado. Além disso, Amazon e Intel reportaram resultados decepcionantes, com a Intel caindo no pré-mercado cerca de 21,5%.

Com isso, o clima do mercado nesta manhã é de aversão ao risco, o que puxa as bolsas da Europa para baixo durante a abertura, assim como os futuros dos Estados Unidos - com índices recuando mais de 1%. Também embalada pela surpresa negativa com a economia americana, as bolsas na Ásia fecharam em queda, com o índice de Tóquio recuando 5,81%.

Repercussão de balanços de big techs

De olho na temporada de balanços, Chevron (CHVX34) e ExxonMobil (EXXO34) são os destaques do dia para os EUA. Por aqui, não há empresas de grande porte que divulguem seus números hoje. Entretanto, o mercado repercute os balanços do dia anterior e que podem movimentar as bolsas hoje.

Um dos balanços que pesam nas ações é o da Intel (ITLC34), que reverteu o lucro de R$ 1,5 bilhões registrado no segundo trimestre de 2023, e registrou prejuízo de US$ 1,6 bilhão no segundo trimestre de 2024. Já a Amazon (AMZO34) registrou um lucro líquido de US$ 13,48 bilhões de abril a junho, praticamente o dobro dos US$ 6,75 bilhões reportados no mesmo período do ano anterior, mas a receita ficou abaixo das expectativas, em US$ 147,98 ante os US$ 148,7 bilhões previstos pelo mercado.

Payroll dos EUA

Na agenda de indicadores econômicos, o payroll (relatório de desemprego) de julho dos EUA é o destaque do dia. O indicador é uma métrica importante utilizada pelo Federal Reserve (Fed, banco central americano) para decidir sobre o afrouxamento monetário.

Ontem, os pedidos de seguro-desemprego nos EUA preocuparam o mercado. Segundo o Departamento de Trabalho, os pedidos totalizaram 249 mil na semana passada, número acima dos 235 mil esperados pelo mercado. O nível é o mais alto desde agosto do ano passado, deixando investidores em alerta e com medo de que o Fed esteja demorando tempo demais para cortar juros, o que pode ocasionar em uma recessão.

Produção industrial e Lula

No cenário local, o resultado da produção industrial em julho, que será divulgado às 9h, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) serão monitorados. A autoridade participa às 11h, no Ceará, da cerimônia de sanção do projeto de lei que autoriza o poder executivo a criar o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social. Na ocasião, o projeto de lei que institui o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono também será sancionado, além da assinatura da medida provisória sobre o programa Mover, no Porto de Pecém, em Caucaia.

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