A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) (CVM/Divulgação)
Reuters
Publicado em 24 de fevereiro de 2021 às 14h41.
Última atualização em 2 de março de 2021 às 14h36.
*A matéria foi atualizada às 14h34 de 2 de março com o posicionamento da Paschoalotto.
A empresa especializada em recuperação de crédito Paschoalotto desistiu de realizar a sua oferta pública inicial (IPO), citando avaliar que este não é o momento mais adequado para a operação.
Frequentemente, a desistência acontece após pedido da própria empresa. Só neste ano, 11 companhias já desistiram de seus IPOs na B3 devido à volatidade do mercado ou outras razões.
A Paschoalotto havia pedido registro para IPO em outubro do ano passado, com planos de buscar recursos para financiar planos de expansão, de olho no mercado de dívidas em atraso, que tende a crescer no Brasil na esteira da crise provocada pela pandemia da Covid-19.
A companhia com sede em Bauru, no interior paulista, pretendia usar os recursos com a venda de ações novas para investir em crescimento orgânico e para adquirir rivais, enquanto sócios da empresa também venderiam participação no negócio, incluindo um fundo da Gávea Investimentos, que investiu na companhia em 2015.
Segundo a empresa, a Comissão de Valores Mobiliários "não indeferiu qualquer IPO ou procedimento de registro da Paschoalotto em andamento perante a CVM. O pedido de desistência do IPO foi uma decisão exclusiva da nossa empresa por entendermos não ser o melhor momento de mercado para seguirmos com a oferta e a CVM unicamente deferiu nosso pedido de desistência."