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PANORAMA3-Mercados têm dia volátil com Fed e dados nos EUA

SÃO PAULO, 15 de outubro (Reuters) - Os mercados financeiros globais mostraram volatilidade nesta sexta-feira, com investidores divididos entre a possibilidade de mais estímulos à econonomia norte-americana, a safra de balanços corporativos e dados mistos nos Estados Unidos. A Bovespa chegou a superar os 72 mil pontos, patamar não visto em quase dois anos e […]

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 14h41.

SÃO PAULO, 15 de outubro (Reuters) - Os mercados
financeiros globais mostraram volatilidade nesta sexta-feira,
com investidores divididos entre a possibilidade de mais
estímulos à econonomia norte-americana, a safra de balanços
corporativos e dados mistos nos Estados Unidos.

A Bovespa chegou a superar os 72 mil pontos, patamar não
visto em quase dois anos e meio, operou em terreno negativo e
terminou em leve alta. Nas bolsas de valores dos EUA, o dia foi
de desencontro: o Nasdaq subiu mais de 1 por cento amparado
pelos fortes resultados do Google, mas o setor bancário seguiu
pressionando o Dow Jones.

O índice europeu FTSEurofirst 300 fechou
praticamente estável.

Pela manhã, os mercados demonstraram mais força atentos ao
discurso do chairman do Federal Reserve, Ben Bernanke, que
reconheceu a necessidade de mais estímulos para a recuperação
norte-americana [ID:nN15202216].

A agenda macroeconômica endossou a fala da autoridade. A
inflação ao consumidor dos EUA desacelerou em setembro, ao
passo que a confiança do consumidor recuou no início de
outubro. Tais notícias ofuscaram a alta das vendas no varejo do
país no mês passado e a expansão da atividade manufatureira no
Estado de Nova York em outubro [ID:nN15208565].

A queda generalizada do dólar deu uma trégua, com a moeda
norte-americana subindo ante o euro e o real. Uma fonte disse à
Reuters que o governo brasileiro deve divulgar mais medidas
cambiais na próxima semana.

Mais cedo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, havia
falado sobre a possibilidade de o governo adotar mais ações
para frear a valorização do real, dizendo-se "particularmente
atento" ao mercado futuro de câmbio [ID:nN15204855].

Também na próxima semana, o mercado acompanha a decisão do
Comitê de Política Montetária (Copom) sobre a Selic. Analistas
consultados pela Reuters esperam estabilidade em 10,75 por
cento ao ano.

O abrandamento de apostas na alta do juro básico já no
primeiro trimestre de 2011 favoreceu a queda dos DIs, movimento
reforçado pelo quadro ainda frágil da recuperação global.

Veja como terminaram os principais mercados nesta
sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar fechou a 1,666 real, em alta de 0,18 por cento em
relação ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subiu 0,19 por cento, a 71.830 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 6,4 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros recuou 0,36 por
cento, a 36.499 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,22 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,25 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3974 dólar, ante
1,4078 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, caía para 140,125 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,190 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil cedia 9 pontos, a 168 pontos-básicos. O
EMBI+ recuava 4 pontos, a 244 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O Dow Jones recuou 0,29 por cento, para 11.062
pontos. O Nasdaq subiu 1,37 por cento, para 2.468
pontos. O S&P 500 ganhou 0,20 por cento, a 1.176
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
cedeu 1,44 dólar, a 81,25 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, recuava, oferecendo rendimento de 2,567
por cento ante 2,506 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por José de Castro; Edição de Daniela Machado)

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