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Da Redação
Publicado em 18 de fevereiro de 2011 às 18h34.
São Paulo - A semana acaba com um tom discretamente positivo nos mercados de ações globais, apesar de alguma realização de lucros pontual e de preocupações com medidas na China e tensões no Oriente Médio, antes de um feriado nos Estados Unidos.</p>
O índice Dow Jones da Bolsa de Nova York rondava as máximas em mais de 30 meses nesta sexta-feira, embora Nasdaq sofresse com leve embolso de lucros. O europeu FTSEurofirst 300 <.FTEU3> terminou praticamente estável, também em torno do pico em mais de dois anos.
A Bovespa subiu e superou os 68 mil pontos, no maior nível em três semanas, ancorada no bom desempenho dos setores imobiliário e de energia, em meio à valorização das commodities <.CRB>.
A queda nos papéis da Vale , no entanto, limitou os ganhos da bolsa brasileira. Em comunicado, a mineradora informou que deixará de produzir 15 mil toneladas de níquel refinado, equivalente a 5 por cento da produção total estimada para 2011, devido a um problema em um forno de sua unidade em Ontário, no Canadá [ID:nN18195130].
Mais cedo, investidores repercutiram negativamente o aumento do depósito compulsório pelo banco central da China. A elevação de 0,5 ponto percentual foi a segunda deste ano e o oitavo acréscimo oficial desde o começo do ano passado.
Os mercados externos continuaram atentos às tensões no Oriente Médio e na África. Investidores monitoraram a permissão por parte do Egito para que navios iranianos cruzem o Canal de Suez e também os protestos no Iêmen que ocasionaram a morte de cinco pessoas [ID:nB235334].
O quadro instável no plano geopolítico dava suporte ao franco suíço , ao mesmo tempo em que o dólar cedia frente a uma cesta de divisas.
A fraca performance da divisa norte-americana no exterior contrabalançou as intervenções do Banco Central no mercado de câmbio doméstico, deixando a cotação do dólar praticamente estável. Já entre os DIs a tendência de baixa prevaleceu, com investidores ajustando posições para o juro básico no longo prazo.
As negociações entre ministros de Finanças do G20 também estiveram na pauta. Entre os indicadores estudados para medir os desequilíbrios globais, o vice-ministro russo das Finanças, Dmitry Pankin, afirmou que o esboço do comunicado do encontro inclui conta corrente, taxa de câmbio real, déficit público e dívida do setor privado.
Veja a variação dos principais mercados nesta sexta-feira:
CÂMBIO
O dólar terminou a 1,664 real, com oscilação positiva de 0,06 por cento frente ao fechamento anterior.
BOVESPA <.BVSP>
O Ibovespa subiu 0,56 por cento, para 68.066 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 5,66 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS <.BR20>
O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 0,61 por cento, a 36.641 pontos.
JUROS <0#2DIJ:>
No call das 16h, o DI janeiro de 2012 apontava 12,35 por cento ao ano, ante 12,37 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3685 dólar, ante 1,3601 dólar no fechamento anterior nas operações norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40, recuava a 133,688 por cento do valor de face, oferecendo rendimento de 2,923 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS <11EMJ>
O risco Brasil caía 3 pontos, para 172 pontos-básicos. O EMBI+ tinha queda de 4 pontos, a 259 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
A alguns minutos do fechamento, o índice Dow Jones <.DJI> subia 0,59 por cento, a 12.391 pontos; o S&P 500 <.SPX> registrava valorização de 0,19 por cento, a 1.343 pontos, e o Nasdaq <.IXIC> tinha oscilação positiva de 0,08 por cento, a 2.833 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo recuou 0,16 dólar, ou 0,19 por cento, a 86,20 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos, referência do mercado, tinha oscilação negativa, oferecendo rendimento de 3,5893 por cento ante 3,576 por cento no fechamento anterior.