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Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2010 às 14h58.
SÃO PAULO, 29 de setembro (Reuters) - Os principais
mercados financeiros globais aproveitaram a fraca agenda desta
quarta-feira para realizarem lucros, enquanto crescentes
expectativas de mais estímulo econômico mantiveram o dólar em
queda em todo o mundo.
No Brasil, a moeda norte-americana chegou a ser cotada a
1,699 dólar, fechando na mínima desde novembro. O movimento
encontrou suporte depois que o euro renovou a máxima em cinco
meses, acima de 1,36 dólar.
O mercado ficou atento à fala do ministro da Fazenda, Guido
Mantega, que na véspera descartou, ao menos por ora, alguma
taxação sobre capital estrangeiro como medida para brecar a
valorização do real. Os comentários também repercurtiram no
mercado de DI, em que as taxas recuaram também à espera do
Relatório de Inflação do Banco Central, a ser divulgado na
quinta-feira.
A agenda escassa --que contou apenas com um dado
manufatureiro na China-- permitiu alguma correção de baixa nos
pregões nova-iorquinos. Na Europa, o mau desempenho dos setores
varejista e bancário derrubou o principal índice acionário ao
piso de fechamento em três semanas.
A alta de 3 por cento nos papéis da Petrobras
--num dia de valorização geral das commodities --
contrabalançou a influência externa negativa, deixando a
Bovespa estável.
Na pauta doméstica, o Banco Central informou que o
superávit primário do setor público foi de 5,222 bilhões de
reais em agosto. Considerando o resultado acumulado em 12
meses, o resultado primário está em 2,01 por cento do Produto
Interno Bruto (PIB), bem abaixo da meta de 3,3 por cento do PIB
para o ano [ID:nN29244411].
Também o Conselho Monetário Nacional (CMN) manteve a Taxa
de Juros de Longo Prazo (TJLP) em 6 por cento, com validade
para o quarto trimestre do ano. A decisão se deu em sessão
extraordinária.
Do lado da inflação corrente, o Índice Geral de Preços do
Mercado (IGP-M) de setembro acelerou a alta a 1,15 por cento,
ante 0,77 por cento em agosto, em linha com a previsão de
analistas consultados pela Reuters [ID:nN29240955].
Por fim, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo
(Fiesp) informou que a produção industrial paulista teve
variação positiva de 0,4 por cento no mês passado sobre julho,
com ajuste sazonal. O dado veio menor que o esperado e levou a
Fiesp a cortar a previsão de crescimento para o ano
[ID:nB86199].
Veja como terminaram os principais mercados nesta
quarta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,705 real, em baixa de 0,29 por cento em
relação ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa fechou estável, a 69.228 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 9,36 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 0,20 por
cento, a 34.448 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,49 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,59 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3625 dólar, ante
1,3579 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, mostrava estabilidade, a 138,500 por cento do valor de
face, oferecendo rendimento de 2,543 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil recuava 10 pontos, a 205 pontos-básicos. O
EMBI+ caía 15 pontos, a 275 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones recuou 0,21 por cento, para
10.835 pontos. O Nasdaq caiu 0,13 por cento, para 2.376
pontos. O índice Standard & Poor's 500 perdeu 0,26 por
cento, para 1.144 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
subiu 1,68 dólar, ou 2,21 por cento, a 77,86 dólares por
barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, cedia, oferecendo rendimento de 2,5045
por cento ante 2,469 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por José de Castro; Edição de Isabel Versiani)