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Da Redação
Publicado em 20 de outubro de 2010 às 17h39.
SÃO PAULO, 20 de outubro (Reuters) - O apetite por risco
retornou às praças financeiras nesta quarta-feira, com a queda
do dólar alimentando a valorização das principais bolsas de
valores e commodities, em meio à expectativa por mais estímulos
econômicos por parte do Federal Reserve.
O mercado brasileiro copiou o movimento externo, aguardando
também a decisão sobre a Selic, com previsão consensual de
manutenção da taxa em 10,75 por cento ao ano. Os juros futuros
até subiram no início do dia, de olho no IPCA-15 acima do
esperado [ID:nN20208928], mas terminaram em queda por ajuste à
forte alta da véspera.
Um relatório da Medley Global Advisors, influente
consultoria, sustentou que o Fed planeja comprar 500 bilhões de
dólares em Treasuries ao longo de seis meses, de acordo com
informações repassadas à Reuters por uma fonte.
O Livro Bege do Fed pareceu endossar a visão da necessidade
de mais ajuda à economia. No documento, o banco central
norte-americano reconheceu as dificuldades de crescimento no
país [ID:nN20229707].
Diante da possibilidade de mais liquidez, o dólar caminhava
para a maior baixa em três meses e meio ante uma cesta de
moedas . O movimento se estendeu às operações locais e a
divisa devolveu parte da alta da véspera frente ao real.
O dólar mais fraco orientou a apreciação das commodities
, que por sua vez animaram as bolsas. O Ibovespa retomou
a faixa de 70 mil pontos.
Balanços positivos nos EUA foram um componente extra para o
bom humor, com os resultados da Boeing contrabalançando
a performance mista do segmento financeiro.
Da pauta brasileira, o Tesouro Nacional lançou no mercado
externo 1 bilhão de reais em bônus com vencimento em 2028
denominados em moeda nacional [ID:nN20264049].
Também o Índice de Atividade Econômica do Banco Central
(IBC-Br) mostrou estabilidade em agosto frente ao mês anterior,
segundo dados dessazonalizados.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)
aprovou a compra da Brasil Telecom pela Oi
. O órgão vai monitorar a qualidade dos serviços do
grupo [ID:nN20223255].
Da agenda externa, destaque para o projeto de redução de
gastos por parte da Grã-Bretanha, que, entre outras medidas,
pretende cortar até meio milhão de empregos [ID:nN20216935].
Veja como terminaram os principais mercados nesta
quarta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,675 real, em queda de 0,71 por cento em
relação ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subiu 0,77 por cento, a 70.404 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 6,69 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 1,09 por
cento, a 35.864 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,26 por cento ao ano no
call das 16h, ante 11,32 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3954 dólar, ante
1,3812 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, recuava para x por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de x por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil caía 5 pontos, a 186 pontos-básicos. O EMBI+
cedia 3 pontos, a 262 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones ganhou 1,18 por cento, a 11.107
pontos, o S&P 500 registrou valorização de 1,05 por
cento, a 1.178 pontos. O Nasdaq Composite subiu 0,84
por cento, aos 2.457 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
2,28 dólares, a 81,77 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, operava praticamente estável, oferecendo
rendimento de 2,482 por cento ante 2,481 por cento no
fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por José de Castro; Edição de Daniela Machado)