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Da Redação
Publicado em 28 de setembro de 2010 às 10h29.
SÃO PAULO, 28 de setembro (Reuters) - A queda na confiança
do consumidor norte-americano mantinha investidores na
defensiva nesta terça-feira, enquanto o dólar perdia terreno
para uma série de moedas diante de perspectivas de que o
Federal Reserve tenha que adotar mais estímulos à economia.
A confiança do consumidor dos Estados Unidos diminuiu,
atingindo os piores níveis desde fevereiro. Segundo o
Conference Board, o índice recuou para 48,5 em setembro, ante
leitura revisada de 53,2 em agosto [ID:nN28147980].
"O retrocesso da confiança se deve às condições menos
favoráveis dos negócios e do mercado de trabalho, junto com uma
perspectiva de curto prazo mais pessimista", destacou Lynn
Franco, diretor do Centro de Pesquisa do Consumidor do
Conference Board.
O euro atingiu nova máxima em cinco meses frente ao dólar e
quebrou um importante nível técnico, sinalizando que pode se
fortalecer ainda mais. O iene também subiu e colocou a moeda
norte-americana no menor patamar desde que o Japão interveio,
há duas semanas.
A consultoria de hedge fund Medley Global Advisors destacou
em relatório que o Fed provavelmente está preparando nova
rodada de medidas de "quantitative easing" que devem ser
anunciadas ao final da reunião de novembro, segundo uma fonte.
Já o Wall Street Journal reportou que o banco central
norte-americano estaria considerando um programa de menor
escala e mais flexível de compra de bônus.
No Brasil, a queda do dólar era mais comedida, mas a moeda
se reaproximava de 1,700 real. O presidente do Banco Central,
Henrique Meirelles, afirmou em Londres que impor mais impostos
sobre o ingresso de capitais para conter a valorização do
câmbio continua sendo uma "possibilidade em aberto"
[ID:nN28145590].
As bolsas de valores norte-americanas operavam sem direção
comum e o principal índice da Bovespa acompanhava a
volatilidade externa. As projeções de juros mais longas subiam
na BM&FBovespa, enquanto as mais curtas poucos se mexiam.
Da agenda local, o resultado primário do governo central
acumulado até agosto ficou um pouco abaixo da meta prevista
para o período, mas o secretário do Tesouro, Arno Augustin,
reiterou que a meta fiscal de 2010 será cumprida e antecipou
que setembro terá o maior superávit da história. Ele indicou
que o saldo será inflado por receitas relativas à capitalização
da Petrobras [ID:nN28158432].
Veja como estavam os principais mercados às 13h20 desta
terça-feira:
CÂMBIO
O dólar caía 0,12 por cento frente ao fechamento anterior,
a 1,708 real.
BOVESPA
O Ibovespa subia 0,25 por cento, a 68.990 pontos. O volume
financeiro na bolsa era de 2,7 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 0,86 por
cento, a 34.253 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,58 por cento ao ano, ante
11,57 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3595 dólar, ante
1,3454 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 138,375 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,576 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil avançava 2 pontos, a 211 pontos-básicos. O
EMBI+ mostrava estabilidade, a 287 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones tinha alta de 0,36 por cento, a
10.850 pontos, e o S&P 500 ganhava 0,29 or cento, a
1.145 pontos. O Nasdaq Composite operava com oscilação
positiva de 0,13 por cento, aos 2.372 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais
próximo tinha elevação de 0,39 dólar, a 76,91 dólares por
barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,4760
por cento ante 2,531 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Daniela Machado; Edição de Vanessa Stelzer)