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Da Redação
Publicado em 25 de outubro de 2010 às 11h55.
SÃO PAULO, 25 de outubro (Reuters) - A ausência de um
acordo mais firme do G20 para os desequilíbrios cambiais,
durante a reunião do final de semana, fez com que investidores
retomassem a venda generalizada de dólares nesta
segunda-feira.
No Brasil, a tendência global era acompanhada com um pouco
de timidez, diante das últimas intervenções do governo no
mercado e de ameaças de mais cartas na manga. No mercado de
juros, a taxação maior sobre as aplicações externas em renda
fixa também motivava cautela, em dia de divulgação do relatório
Focus e do IPC-S um pouco acima do esperado.
Com isso, o dólar mantinha-se acima de 1,70 real, apesar do
recuo em relação ao fechamento de sexta-feira. No exterior, a
moeda norte-americana caía 0,55 por cento frente a uma cesta de
divisas e renovava a mínima em 15 anos sobre o iene.
Também pesava sobre o mercado de câmbio a perspectiva de
que o Federal Reserve terá que embarcar em nova rodada de
compra de títulos para injetar dinheiro diretamente no sistema
financeiro e ajudar na recuperação da economia.
Em discurso nesta manhã, o chairman do Fed, Ben Bernanke,
não falou diretamente sobre política monetária. Segundo ele, os
reguladores bancários dos EUA estão avaliando as práticas de
execuções de hipotecas em grandes instituições financeiras e
publicarão um relatório sobre o assunto no mês que vem
[ID:nN25260135].
As principais bolsas de valores, por sua vez, avançavam de
olho no mercado de moedas e em um dado melhor que o esperado
sobre o setor imobiliário dos Estados Unidos.
As vendas de moradias usadas no país subiram 10 por cento
em relação a agosto, enquanto analistas ouvidos pela Reuters
previam alta de 4 por cento [ID:nN25260308].
No noticiário corporativo, a Brasil Ecodiesel e
a Maeda anunciaram que estão em negociação para a fusão das
atividades, enquanto a Petrobras informou que suas
subsidiárias BR Distribuidora e Petrobras Biocombustível
assinaram com a Açúcar Guarani contrato para suprimento de até
2,2 bilhões de litros de etanol por quatro anos.
O relatório Focus elevou um pouco as projeções de inflação
pelo IPCA neste ano [ID:nN25202798]. A terceira prévia do IPC-S
apontou alta de 0,66 por cento, ante 0,65 por cento na segunda
leitura. Ainda na agenda local, o Brasil encerrou setembro com
déficit em transações correntes de 3,850 bilhões de dólares.
Veja como estavam os principais mercados às 12h50 desta
terça-feira:
CÂMBIO
O dólar era cotado a 1,704 real, em baixa de 0,29 por cento
frente ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa subia 0,55 por cento, para 69.914 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 1,8 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros crescia 1,25 por
cento, a 35.555 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,38 por cento ao ano, ante
11,36 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3987 dólar,
ante 1,3949 dólar no fechamento anterior.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia a 140,188 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,147 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil cedia 2 pontos, para 182 pontos-básicos. O
EMBI+ tinha baixa 3 pontos, a 254 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones ganhava 0,58 por cento, a 11.197
pontos; o S&P 500 era elevado em 0,61 por cento, a 1.190
pontos, e o Nasdaq tinha avanço de 0,6 por cento, a
2.494 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
tinha incremento de 1,05 dólar, a 82,72 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, avançava, oferecendo rendimento de
2,5091 por cento ante 2,561 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Daniela Machado; Edição de Aluísio Alves)