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PANORAMA2-Choque do Fed impulsiona ativos a níveis pré-Lehman

SÃO PAULO, 4 de novembro (Reuters) - Na primeira sessão "cheia" após o Federal Reserve dar outro choque de reanimação à economia dos Estados Unidos, os mercados de commodities e de ações buscavam novas máximas nesta quinta-feira desde a quebra do Lehman Brothers, em setembro de 2008, e o dólar perdia mais espaço ante as […]

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Da Redação

Publicado em 4 de novembro de 2010 às 12h19.

SÃO PAULO, 4 de novembro (Reuters) - Na primeira sessão
"cheia" após o Federal Reserve dar outro choque de reanimação à
economia dos Estados Unidos, os mercados de commodities e de
ações buscavam novas máximas nesta quinta-feira desde a quebra
do Lehman Brothers, em setembro de 2008, e o dólar perdia mais
espaço ante as principais moedas.

O movimento era uma extensão do iniciado na tarde da
véspera, após o Fed dizer que vai comprar mais 600 bilhões de
dólares em títulos do governo nos próximos meses, noutro
esforço de flexibilização monetária para tentar reduzir os
custos de empréstimos a consumidores e empresas.

O dólar recuava 1 por cento frente a uma cesta com as
principais divisas globais . Frente ao real, a moeda
norte-americana perdia 1,29 por cento, saindo a 1,680 real.

Por aqui, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou
que as medidas do Fed têm resultado duvidoso sobre o
crescimento da economia norte-americana e que o único resultado
é desvalorizar o dólar [ID:nN04219095].

A reboque da leitura de que a medida aponta liquidez ainda
mais farta nos mercados, os ativos de risco ampliavam o rali. O
índice de commodities Reuters-Jefferies CRB subia ao
maior nível desde outubro de 2008. O algodão tinha a máxima
histórica.

Na mesma toada, o principal índice global de ações anulava
todas as perdas depois do colapso do banco norte-americano de
investimentos Lehman Brothers, em setembro de 2008. O Ibovespa
aproximava-se de seu recorde durante os negócios atingido em
maio do mesmo ano.

Na Europa, o FTSEurofirst 300 subia também ajudado
pelo desempenho das ações da BHP Billiton, após o Canadá vetar
sua oferta de 39 bilhões de dólares pela Potash, e pela decisão
do Banco Central Europeu (BCE) de manter a taxa básica de juro
na mínima recorde de 1 por cento pelo 18o mês seguido.

Em Wall Street, os principais índices acompanhavam o rali
global, num dia de indicadores mistos dos EUA. A produtividade
fora do setor agrícola do país aumentou mais que o esperado no
terceiro trimestre, mas os pedidos de auxílio-desemprego
subiram mais que o esperado na última semana.

A agenda doméstica trouxe dados de atividade industrial. O
do IBGE mostrou que a produção brasileira declinou 0,2 por
cento em setembro ante agosto e subiu 6,3 por cento sobre igual
mês de 2009 [ID:nSAR002448].

Enquanto isso, a CNI informou que o uso da capacidade
instalada na indústria recuou pelo segundo mês seguido em
setembro, para 81,9 por cento, ante 82,2 por cento em agosto,
segundo dados dessazonalizados [ID:nN04196502].

Sem a predominância de uma aposta sólida para o rumo da
Selic, as projeções embutidas nos contratos de juros futuros
oscilavam em torno do zero.

Veja como estavam os principais indicadores dos mercados às
13h15 desta quinta-feira:

CÂMBIO

O dólar era negociado a 1,680 real, em queda de 1,29 por
cento frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa subia 1,55 por cento, para 73.016 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 3,15 bilhões de reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 2,66 por
cento, a 37.525 pontos.

JUROS

O DI janeiro de 2012 apontava 11,36 por cento ao ano, ante
11,33 por cento no ajuste anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,4248 dólar,
ante 1,4037 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia a 140,813 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 1,991 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil subia 2 pontos, para 175 pontos-básicos. O
EMBI+ recuava 1 ponto, a 236 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones subia 1,7 por cento, a 11.406
pontos. O Nasdaq ganhava 1,36 por cento, para 2.574
pontos. O S&P 500 tinha ganho de 1,48 por cento, a 1.215
pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo de vencimento mais próximo
era apreciado em 1,64 dólar, a 86,33 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,462
por cento ante 2,592 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Por Aluísio Alves; Edição de Cesar Bianconi)

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