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PANORAMA2-Bateria de dados dos EUA leva volatilidade a bolsas

SÃO PAULO, 1o de outubro (Reuters) - As bolsas de valores mundiais iniciavam o mês com variações modestas e volatilidade em um dia de agenda cheia nos Estados Unidos, enquanto o dólar mantinha-se em queda e os juros futuros no Brasil reagiam a um dado mais fraco da indústria do país. Wall Street começou o […]

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2010 às 09h20.

SÃO PAULO, 1o de outubro (Reuters) - As bolsas de valores
mundiais iniciavam o mês com variações modestas e volatilidade
em um dia de agenda cheia nos Estados Unidos, enquanto o dólar
mantinha-se em queda e os juros futuros no Brasil reagiam a um
dado mais fraco da indústria do país.

Wall Street começou o dia em alta, após dados mostrarem que
o gasto do consumidor dos Estados Unidos subiu 0,4 por cento em
agosto, ante previsão do mercado de 0,3 por cento
[ID:nN01125412], e que a confiança do consumidor nos Estados
Unidos caiu menos que o esperado, a 68,2 em setembro, ante
estimativa de analistas de 67,0 [ID:nN01238579].

Mas o mercado não sustentou os ganhos após uma outra série
de dados, operando perto da estabilidade no início da tarde. A
Bovespa também mostrava fraqueza.

O índice do setor manufatureiro dos Estados Unidos ficou em
54,4, ante previsão de 54,5, desacelerando na comparação com o
resultado de 56,3 em agosto [ID:nN01238988].

O gasto com construção aumentou 0,4 por cento, contrariando
a previsão de economistas de queda de 0,4 por cento
[ID:nN01238758].

O índice europeu de ações caía 0,4 por cento. O
indicador global de bolsas subia 0,3 por
cento.

O dado de gasto do consumidor norte-americano mostrou
também que a medida de inflação ao consumidor preferida pelo
Fed --o índice de preços do gasto excluindo alimentos e
energia-- subiu apenas 0,1 por cento pelo quarto mês seguido,
mantendo a possibilidade de o Federal Reserve iniciar uma
segunda rodada de estímulos monetários.

De fato, William Dudley, presidente do Federal Reserve de
Nova York, disse nesta sexta-feira que mais medidas do Fed para
estimular o crescimento podem ser necessárias se a perspectiva
econômica não melhorar [ID:nN01231446].

No Brasil, a produção da indústria brasileira declinou 0,1
por cento em agosto sobre julho e 8,9 por cento sobre igual mês
de 2009 [ID:nN01141226]

Analistas ouvidos pela Reuters projetavam alta mês a mês de
0,4 por cento, com faixa de previsões de queda de 0,2 por cento
a alta de 0,8 por cento, sendo que apenas dois dos 21
economistas previram taxa negativa. A estimativa para o avanço
anual era de 9,5 por cento.

O desempenho pior que o esperado mostra que o setor não
está tão forte quanto alguns temiam, o que ajudava a derrubar
as projeções de juros [ID:nN01185826].

O dólar também operava em queda ante o real, mantendo-se no
menor nível desde o início de setembro de 2008 [ID:nN01187886],
acompanhando a tendência do mercado internacional, onde o dólar
caiu à mínima em oito meses ante as principais moedas do mundo

Dados do setor manufatureiro chinês impulsionaram a demanda
por ativos de maior risco. O índice oficial do setor chinês
subiu para 53,8 no mês passado, contra leitura de 51,7 em
agosto, bem acima da previsão do mercado de 52.

O Brasil divulgou também que as vendas de automóveis,
comerciais leves, ônibus e caminhões novos no Brasil em
setembro totalizaram 307.043 unidades, queda de 1,84 por cento
sobre agosto e recuo de 0,54 por cento na comparação com
setembro de 2009 [ID:nN01251014].

A balança comercial brasileira fechou setembro com
superávit de 1,093 bilhão de dólares, ante 1,309 bilhão de
dólares em igual período do ano passado [ID:nN01238687].

Veja como estavam os principais mercados às 12h15 desta
sexta-feira:

CÂMBIO

O dólar era cotado a 1,686 real, em baixa de 0,35 por cento
frente ao fechamento anterior.

BOVESPA

O Ibovespa tinha queda de 0,13 por cento, para 69.337
pontos. O volume financeiro na bolsa era de 2,7 bilhões de
reais.

ADRs BRASILEIROS

O índice dos principais ADRs brasileiros avançava 0,29 por
cento, a 35.141 pontos.

JUROS

Os contratos de DI exibiam baixa, com o DI janeiro de 2012
em 11,46 por cento ao ano ante 11,50 por cento no ajuste
anterior.

EURO

A moeda comum europeia era cotada a 1,3745 dólar,
ante 1,3630 dólar no fechamento anterior.

GLOBAL 40

O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
caía para 138,563 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,524 por cento ao ano.

RISCO-PAÍS

O risco Brasil caía 1 ponto, para 205 pontos-básicos. O
EMBI+ recuava 4 pontos, a 273 pontos-básicos.

BOLSAS DOS EUA

O índice Dow Jones subia 0,2 por cento, a 10.809
pontos, o S&P 500 avançava 0,17 por cento, a 1.143
pontos, e o Nasdaq tinha declínio de 0,11 por cento,
aos 2.365 pontos.

PETRÓLEO

Na Nymex, o contrato de petróleo mais curto subia 0,8 dólar,
ou 1 por cento, a 80,77 dólares por barril.

TREASURIES DE 10 ANOS

O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, caía, oferecendo rendimento de 2,5251
por cento ante 2,512 por cento no fechamento anterior.

(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )

(Reportagem de Vanessa Stelzer; Edição de Silvio Cascione)

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