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Da Redação
Publicado em 4 de outubro de 2010 às 09h43.
SÃO PAULO, 4 de outubro (Reuters) - As persistentes dúvidas
sobre a recuperação global e a estabilidade da zona do euro
mantinham os mercados financeiros cautelosos nesta
segunda-feira, em que a confirmação de segundo turno nas
eleições presidenciais do Brasil pouco influenciava os negócios
localmente.
O banco central da Irlanda afirmou que a economia do país
deve ficar estagnada neste ano, ao mesmo tempo em que
autoridades portuguesas buscavam o apoio da oposição para novas
medidas de austeridade fiscal que poderiam reverter a crise de
dívida.
O euro recuava, contribuindo para que o dólar avançasse
frente a uma cesta com as principais moedas globais . O
movimento era acompanhado pelo mercado brasileiro, com o real
se desvalorizando levemente em um ajuste considerado pontual
por analistas.
O principal índice da bolsa paulista operava perto da
estabilidade, monitorando a fraqueza de Wall Street.
A notícia de que os reguladores suíços exigiram de UBS
e Credit Suisse mais capital que seus
rivais internacionais para evitar uma crise financeira
levantava, no mercado norte-americano, preocupações sobre o
lucro das instituições financeiras [ID:nN04100122]. Além disso,
as ações da Microsoft recuavam e pesavam sobre o
Nasdaq terem tido a recomendação rebaixada pelo Goldman Sachs.
Os dados macroeconômicos divulgados nos Estados Unidos
apontavam um quadro ainda divergente, com alguma melhora no
mercado imobiliário, mas queda nas encomendas à indústria.
Os juros futuros negociados na BM&FBovespa recuavam após o
relatório Focus mostrar nova redução nas estimativas do mercado
para a inflação de 2011 [ID:nN0489235].
A postergação do resultado da eleição presidencial não
chegou a afetar os negócios no mercado doméstico e, para alguns
analistas, o segundo turno pode ser até uma chance para que os
candidatos Dilma Rousseff (PT) e José Serra (PSDB) apresentem
com mais clareza suas propostas econômicas [ID:nN0495969].
Veja como estavam os principais mercados às 12h42 desta
segunda-feira:
CÂMBIO
O dólar subia 0,42 por cento frente ao fechamento anterior,
a 1,688 real.
BOVESPA
O Ibovespa tinha alta de 0,16 por cento, a 70.339 pontos. O
volume financeiro na bolsa era de 2,2 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros cedia 0,14 por
cento, a 35.484 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,41 por cento ao ano, ante
11,44 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3698 dólar, ante
1,3789 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, subia para 138,750 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,486 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil subia 2 pontos, a 205 pontos-básicos. O
EMBI+ subia 1 ponto, a 275 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones recuava 0,54 por cento, a 10.771
pontos, e o S&P 500 caía 0,72 por cento, a 1.137 pontos.
O Nasdaq Composite declinava 1,15 por cento, aos 2.343
pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais
próximo crescia 0,45 dólar, a 82,03 dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,4865.
por cento ante 2,513 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Daniela Machado; Edição de Aluísio Alves)