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Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2010 às 07h00.
SÃO PAULO, 29 de outubro (Reuters) - As principais praças
financeiras globais refletiam cautela de investidores nesta
sexta-feira, antes da divulgação da primeira estimativa sobre o
desempenho da economia norte-americana no terceiro trimestre de
2010. O entendimento é de que o PIB pode definir o montante da
nova rodada de "quantitative easing", amplamente esperada para
ser anunciada pelo Federal Reserve na próxima semana.
As dúvidas sobre o tamanho desse estímulo mantinham os
mercados voláteis e o dólar --após o recuou na véspera--
voltava a ganhar valor, negociado em alta de 0,50 por cento
ante uma cesta de moedas pela manhã. No caso da relação com o
iene, a divisa norte-americana seguia enfraquecida, com queda
de 0,31 por cento, a 80,79 ienes. O euro, por sua vez, era
cotado a 1,3820 dólar, em baixa de 0,76 por cento.
A reação do dólar pressionava commodities, com o petróleo
negociado em baixa de 0,9 por cento, a 81,44 dólares o barril,
nas operações eletrônicas em Nova York, o que afetava índices
acionários ao redor do mundo. O MSCI para ações globais
perdia 0,36 por cento.
Na Europa, o FTSEurofirst 300 declinava 0,36 por
cento, prejudicado pela debilidade de mineradoras. Os futuros
acionários nos Estados Unidos seguiam o mesmo viés, com o
contrato do S&P 500 cedendo 6,30 pontos. Na Ásia, o Nikkei
fechou o dia em baixa de 1,75 por cento. O índice da
bolsa de Xangai , na mesma direção, recuou 0,46 por
cento.
A divulgação de resultados trimestrais acima do esperado
por empresas como Microsoft e Sony eram insuficientes para
sustentar os pregões no azul. Nos EUA, os números da Chevron e
Merck devem ser monitorados nesta sessão.
No Brasil, é aguardado o anúncio oficial do volume das
reservas do prospecto Libra, no pré-sal da bacia de Santos.
Libra, perfurado pela Petrobras a pedido da ANP, pode ter
reservas superiores às de Tupi, a principal área do pré-sal já
descoberta com reservas recuperáveis estimadas. Segundo
estimativas da Gaffney, Cline & Associates, tais reservas podem
atingir até 16 bilhões de barris de óleo equivalente, ou o
dobro de Tupi, no cenário mais otimista.
Também a cena corporativa deve influenciar os negócios, com
a repercussão de vários resultados divulgados na véspera, após
o fechamento do mercado local, entre eles CSN, Lojas Renner e
Oi, com a pauta de hoje destacando o balanço da TIM antes da
abertura dos negócios.
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Veja como terminaram os principais mercados na
quinta-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,714 real, em queda de 0,46 por cento em
relação ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa recuou 0,35 por cento, a 70.320 pontos. O volume
financeiro na bolsa foi de 6,8 bilhões de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros avançou 0,62 por
cento, a 35.388 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,36 por cento ao ano no
call das 16h, estável ante o ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3929 dólar, ante
1,3768 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global
40, tinha alta para 140,063 por cento do valor de face,
oferecendo rendimento de 2,154 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil caía 3 pontos, a 169 pontos-básicos. O EMBI+
também retrocedia 3 pontos, a 238 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones recuou 0,11 por cento, para
11.113 pontos. O Nasdaq subiu 0,16 por cento, para
2.507 pontos. O S&P 500 ganhou 0,11 por cento, a 1.183
pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
registrou alta de 0,24 dólar, ou 0,29 por cento, a 82,18
dólares por barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, subia, oferecendo rendimento de 2,6667
por cento ante 2,729 por cento no fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Por Paula Arend Laier; Edição de Vanessa Stelzer)