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Da Redação
Publicado em 26 de outubro de 2010 às 06h55.
SÃO PAULO, 26 de outubro (Reuters) - As principais praças
acionárias globais passavam por um leve ajuste para baixo nesta
terça-feira, enquanto o dólar mostrava alguma recuperação, com
dúvidas sobre o reunião do Federal Reserve deixando o horizonte
um pouco nebuloso.
É praticamente consensual a expectativa de que uma nova
rodada de "quantitative easing" seja anunciada para os Estados
Unidos no início de novembro, mas os discursos divergentes de
membros da autoridade monetária norte-americana mantêm as
incertezas sobre o tamanho da injeção de recursos.
Na segunda-feira, o presidente do Fed de Kansas City,
Thomas Hoenig, reiterou que considera uma "aposta perigosa" a
compra de mais ativos por bancos centrais. Vale lembrar que
Hoenig tem sido voto discordante nas reuniões do Fed no que diz
respeito à atual política implementada pelo BC dos EUA.
O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, por sua
vez, disse que se uma abordagem "incremental" ou "big-bang"
para aquisição de ativos poderia funcionar melhor, dependeria
do contexto econômico.
Pela manhã, o índice DXY , que considera o valor do
dólar ante uma cesta de divisas globais, subia 0,30 por cento.
Ante a moeda japonesa, o dólar subia 0,45 por cento, a 81,16
ienes. O euro recuava 0,29 por cento, a 1,3927 dólar.
Dessa forma, as commodities mostravam fraqueza, com o
petróleo, por exemplo, declinando 0,71 por cento, a 81,93
dólares o barril, na operações eletrônicas em Nova York.
No segmento acionário, índice MSCI para ações globais
perdia 0,4 por cento, enquanto o para ações
emergentes cedia 0,1 por cento.
Na Europa, o FTSEurofirst 300 registrava queda de
0,47 por cento, afetado ainda pelo desempenho de papéis do
setor siderúrgico e bancário, após previsões da ArcellorMital
sobre o quarto trimestre frustrarem investidores, bem como o
resultado do banco de investimento do UBS.
Os futuros em Wall Street apontavam para uma abertura
negativa, com o S&P 500 verificando decréscimo de 3,70
pontos.
Na Ásia, o japonês Nikkei encerrou em baixa de 0,25
por cento, enquanto o índice da bolsa de Xangai caiu
0,32 por cento.
No Brasil, dados fiscais do governo central e números sobre
as operações de crédito e spread bancário de setembro devem
ocupar as atenções.
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Veja como terminaram os principais mercados na
segunda-feira:
CÂMBIO
O dólar fechou a 1,701 real, em queda de 0,47 por cento em
relação ao fechamento anterior.
BOVESPA
O Ibovespa teve oscilação positiva de 0,07 por cento, a
69.580 pontos. O volume financeiro na bolsa foi de 7,88 bilhões
de reais.
ADRs BRASILEIROS
O índice dos principais ADRs brasileiros subiu 1,22 por
cento, a 35.546 pontos.
JUROS
O DI janeiro de 2012 apontava 11,42 por cento ao ano no call
das 16h, ante 11,36 por cento no ajuste anterior.
EURO
A moeda comum europeia era cotada a 1,3968 dólar, ante
1,3949 dólar no fechamento anterior nas operações
norte-americanas.
GLOBAL 40
O título de referência dos mercados emergentes, o Global 40,
subia para 140,188 por cento do valor de face, oferecendo
rendimento de 2,147 por cento ao ano.
RISCO-PAÍS
O risco Brasil recuava 8 pontos, a 175 pontos-básicos. O
EMBI+ cedia 10 pontos, a 247 pontos-básicos.
BOLSAS DOS EUA
O índice Dow Jones avançou 0,28 por cento, para
11.164 pontos. O Nasdaq subiu 0,46 por cento, para
2.490 pontos. O S&P 500 ganhou 0,21 por cento, para
1.185 pontos.
PETRÓLEO
Na Nymex, o contrato de petróleo com vencimento mais curto
teve alta de 0,83 dólar, ou 1 por cento, para 82,52 dólares por
barril.
TREASURIES DE 10 ANOS
O preço dos títulos do Tesouro norte-americano de 10 anos,
referência do mercado, exibiam leve baixa, oferecendo
rendimento de 2,5650 por cento ante 2,561 por cento no
fechamento anterior.
(PANORAMA1, PANORAMA2 e PANORAMA3 são localizados no
terminal de notícias da Reuters pelo código )
(Reportagem de Paula Arend Laier; Edição de Vanessa
Stelzer)