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Onde investem 8 gigantes da Bovespa

Conheça as principais posições em ações dos maiores fundos de investimentos nacionais e estrangeiros

Lojas Renner: 4 grandes fundos estrangeiros têm participação relevante na empresa (Lia Lubambo/EXAME.com)

Lojas Renner: 4 grandes fundos estrangeiros têm participação relevante na empresa (Lia Lubambo/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2013 às 09h59.

São Paulo – Quem já investe em ações há muito tempo sabe que o mercado financeiro é cheio de historinha. Um banco de investimentos responsável por uma oferta inicial de ações pode vender o IPO da vez como o melhor de todos os tempos. Um diretor de relações com investidores de uma empresa pode tentar deixar que os gestores de fundos e a imprensa vejam apenas o potencial de um novo negócio – enquanto esconde seus riscos. Já os bancos e as corretoras podem indicar a clientes papéis que ela mesma precisa vender para reduzir o risco da própria carteira.

Nesse ambiente em que é difícil avaliar em quem acreditar, é sempre interessante não apenas ouvir o que os outros estão lhe aconselhando a fazer mas também observar aonde os grandes investidores – teoricamente, os mais bem-informados – estão colocando o próprio dinheiro. No mercado de ações brasileiro, esse trabalho é facilitado pela instrução da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que obriga qualquer investidor a divulgar a informação ao mercado sempre que passa a deter 5% ou mais das ações preferenciais ou ordinárias de uma companhia aberta.

EXAME.com fez um levantamento entre as 62 empresas abertas que fazem parte do Ibovespa e descobriu quais se tornaram apostas pesadas de grandes fundos de investimento. O levantamento é interessante porque, ao constituir uma posição tão relevante em cada uma dessas companhias, o investidor revela uma enorme convicção de que aquele papel, em algum momento, vai se valorizar. Veja a seguir as principais posições de oito dos maiores fundos da bolsa brasileira:

Credit Suisse Hedging-Griffo

A gestora de recursos dirigida por Luis Stuhlberger é bastante conhecida pelo fundo Verde, um dos multimercados mais rentáveis das últimas duas décadas. Na BM&FBovespa, a CSHG possuía, no final do ano passado, três posições relevantes: 5,01% das ações preferenciais da Brasil Telecom, 7,06% da empresa de diagnósticos de saúde Dasa e mais de 5% das ações ordinárias da Lojas Americanas.

Tarpon

A Tarpon é uma das duas únicas gestoras de fundos com o próprio capital aberto na BM&FBovespa – a outra é a GP Investimentos. A empresa fundada por José Carlos Magalhães, o Zeca, ficou conhecida no mercado pela ousadia de seus sócios, que já tentaram comprar o controle de empresas como a Acesita e a Sadia e administram alguns dos fundos de ações mais rentáveis do Brasil nos últimos anos. Atualmente, a gestora possui 8,02% da Brasil Foods, 5% da incorporadora Cyrela e 15,33% das preferenciais da Metalúrgica Gerdau (a holding da família que controla a Gerdau).


BlackRock

A maior gestora de recursos de terceiros do mundo possui participações minoritárias relevantes em nada menos do que 12 companhias abertas brasileiras do Ibovespa. Na lista, estão Bradespar (15,66% das ações preferenciais), BM&FBovespa (5,29%), Cemig (9,40%), Cyrela (5,30%), Dasa (5,11%), Itaúsa (5,08% das preferenciais), Itaú (6,98% das preferenciais), Lojas Renner (7,33%), Pão de Açúcar (5,01% das preferenciais), PDG (7,21%), Petrobras (5,01% das preferenciais) e Rossi (6,33%).

A BlackRock administra 3,3 trilhões de dólares aplicados em ações, renda fixa, imóveis e investimentos alternativos. A empresa possui escritórios em 27 países. Na América Latina, o principal gestor de investimentos é Will Landers.

Templeton Asset Management

A gestora de fundo com sede na Califórnia tem participações relevantes em duas empresas do Ibovespa. Na Bradespar, holding que controla participações relevantes na Vale e na CPFL, a gestora detém 5,08% das ações preferenciais. Já no frigorífico Marfrig, controla 5,02% do capital. A cara mais conhecida da empresa é Mark Mobius, principal gestor para mercados emergentes e blogueiro de EXAME.com.

Geração Futuro

Uma das mais tradicionais gestoras de fundos e clubes de investimento do Brasil, a gaúcha Geração Futuro é bastante conhecida por ter como principal cliente o bilionário Lírio Parisotto, gestor de um fundo de ações de mais de 2,2 bilhões de reais que rendeu mais de 5.700% desde sua abertura. A Geração Futuro, no entanto, administra diversos outros fundos de ações com um bom histórico de rentabilidade. Hoje a empresa possui participações relevantes na Bradespar (8,08% das preferenciais) e na Eletropaulo (5,96% das preferenciais).


MassMutual ou Oppenheimer

A Massachusetts Mutual Life Insurance Company (MassMutual) é uma seguradora e gestora de fundos de investimento americana que administra mais de 400 bilhões de dólares aplicados em títulos, ações e outros ativos. Por meio de sua subsidiária Oppenheimer Inc, a empresa possui uma participação de 10,95% na B2W, companhia que engloba os sites de comércio eletrônico Submarino e Americanas.com. A gestora também investe diretamente nas ações da Lojas Americanas, onde detém 7,29% das preferenciais e 0,04% das ordinárias.

Outras três grandes companhias brasileiras têm uma parcela relevante das ações nas mãos das MassMutual: Embraer (8,46%), BM&FBovespa (5,20%) e Dasa (5,23%) – uma aposta e tanto no Brasil, portanto.

Lazard Asset Management

O banco de investimentos americano Lazard também possui uma divisão de gestão de recursos com mais de 120 bilhões de dólares sob administração. No Brasil, o fundo tem forte preferência por ações consideradas defensivas. Possui participações relevantes na Redecard (11,82%), Cielo (9,96% das ações) e Cemig (7,46%). Ao menos no Brasil, a gestora não tem do que se queixar recentemente. Os três papéis estão entre os que mais se valorizaram na Bovespa no ano passado.

T. Rowe Price

A gestora de investimentos americana administra 453 bilhões de dólares ao redor do mundo. No Brasil, a empresa prefere as ações ligadas ao mercado interno. A T. Rowe Price detém participações relevantes na Lojas Renner (5,6%), na TAM (8,51% das preferenciais) e na incorporadora PDG (5,06%).

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