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OGX e Petrobras sustentam índice em alta de mais de 1%

A alta das ações petrolíferas ajudou a bolsa local a se descolar da fraqueza dos índices norte-americanos

Equipe de exploração da OGX: empresa negocia vendas na Bacia de Campos (André Valentim/EXAME)

Equipe de exploração da OGX: empresa negocia vendas na Bacia de Campos (André Valentim/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 17 de maio de 2011 às 18h24.

São Paulo - A busca dos investidores por ações relativamente baratas impulsionou o mercado brasileiro nesta terça-feira, com destaque para as empresas do setor de petróleo, principalmente a OGX .

O Ibovespa <.BVSP> subiu 1,34 por cento, a 63.673 pontos. O giro financeiro do pregão foi de 5,4 bilhões de reais.

A alta das ações petrolíferas ajudou a bolsa local a se descolar da fraqueza dos índices norte-americanos. O Dow Jones <.DJI> fechou em baixa de 0,55 por cento, em meio a previsões decepcionantes da HP e por dados piores que o esperado sobre o setor imobiliário dos EUA.

O dia trouxe notícias positivas para os acionistas de Petrobras e da OGX. A ação PN da estatal subiu 1,92 por cento, a 24,40 reais, após o diretor financeiro, Almir Barbassa, afirmar que a empresa avalia reduzir o volume de investimentos projetado até 2015. Um investimento muito elevado exigiria dívidas maiores, ou um aumento dos preços de combustíveis, segundo uma fonte da empresa. [ID:nN17143037] Foi a segunda alta seguida após a divulgação de lucro trimestral de 10,98 bilhões de reais, na semana passada. Antes disso, o papel acumulava queda de mais de 16 por cento no segundo trimestre.

Já a ação da OGX disparou 7,8 por cento, a 14,92 reais. A empresa, que frustrou o mercado na metade de abril após a divulgação de um relatório de reservas de petróleo, havia atingido o menor nível desde outubro de 2009 na sexta-feira.

Nesta manhã, a empresa declarou a comercialidade de acumulações na bacia do Parnaíba, no primeiro anúncio do tipo realizado pela OGX, que espera uma produção de 5,7 milhões de metros cúbicos/dia de gás natural nesses campos.

Além disso, Petrobras e OGX foram classificadas como "overweight" (acima da média do mercado) pelo Barclays, com preço-alvo de 38 reais para a primeira e de 23 reais para a empresa de Eike Batista.

Quadro externo recomenda prudência

A alta também contemplou outros papéis com quedas recentes expressivas, como Hypermarcas, que subiu 3,55 por cento, a 15,75 reais. De acordo com Rafael Espinoso, estrategista de renda variável da CM Capital Markets, houve um movimento técnico. Perto de 63 mil pontos, "o Ibovespa começa a ficar bem interessante", disse. Na segunda-feira, o índice fechou no menor nível em 10 meses.

Apesar da alta, o momento ainda é de cautela diante da incerteza sobre a recuperação econômica global e a retirada dos estímulos financeiros nos Estados Unidos.

"Amanhã tem divulgação da ata da reuniao do Fomc de abril, e isso sem dúvida alguma é um fator importante. Preocupa mais pela avaliação dos membros do Fed sobre a economia e a intenção deles em manter esse quadro de liquidez", disse Newton Rosa, economista-chefe da SulAmérica Investimentos.

Dados da BM&FBovespa mostraram que o investimento estrangeiro em ações nas duas primeiras semanas de maio ficou positivo em 1,15 bilhão de reais. O número, porém, não cobre a saída de mais de 4 bilhões de reais nos três meses anteriores.

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