As ações da Lyft chegaram a disparar 60% no after-market da última terça-feira, 13, no índice Nasdaq
Repórter de Invest
Publicado em 14 de fevereiro de 2024 às 11h39.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2024 às 11h39.
As ações da Lyft chegaram a disparar 60% no after-market da última terça-feira, 13, no índice Nasdaq. A euforia dos investidores, que têm assistido a lucros recordes sendo reportados nas bolsas de Nova York, teve um motivo pouco usual: um erro de digitação que adicionou um zero a mais na margem de lucro para 2024 — e representou uma diferença nada singela de US$ 630 milhões além do previsto.
Isso porque, junto aos resultados contabilizados no último trimestre de 2023, a principal concorrente da Uber nos Estados Unidos incluiu as suas projeções para este ano. Até aí, tudo certo. Mas o que chamou a atenção no guidance foi a menção de que a margem de lucro da companhia deveria aumentar em 500 pontos-base (p.b.), o equivalente a cinco pontos percentuais.
Falando dessa maneira pode parecer pouca coisa, mas colando os números na caneta a previsão é ambiciosa. As reservas brutas da Lyft totalizaram US$ 13,8 bilhões em 2023. Se o guidance de 5%, isto é, 500 p.b., estivesse correto, a previsão de avanço era de US$ 700 milhões. A bagatela não parece impossível diante dos resultados extraordinários que as Big Techs têm reportado nas últimas semanas, mas tudo não passou de um erro de digitação.
Pouco após a divulgação das projeções — e enquanto os papéis disparavam na Nasdaq —, por meio de comunicado a Lyft esclareceu que houve um “erro administrativo” e que o aumento previsto era de apenas 50 pontos-base (ou 0,5%, que representa US$ 70 milhões). Apesar de terem perdido parte de seus ganhos iniciais, as ações da Lyft ainda contabilizaram uma alta de quase 17% durante as negociações após o pregão.