ANDRÉ ESTEVES: após sua prisão, o banco BTG ainda tenta recuperar a imagem / Germano Luders
Da Redação
Publicado em 9 de maio de 2016 às 21h13.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h08.
Nesta terça-feira o banco BTG Pactual deve divulgar seus resultados do primeiro trimestre deste ano. A expectativa de analistas consultados pela plataforma financeira Thomson Reuters Eikon é que o lucro seja parecido com o do mesmo período do ano passado, em torno dos 854 milhões de reais, mas por um motivo bem diferente.
Deste vez, o lucro deve ser resultado das vendas que o BTG realizou durante o trimestre, dando continuidade ao seu plano de desinvestimentos iniciado após a prisão de seu ex- controlador e presidente, André Esteves.
A principal venda do trimestre foi o banco suíço BSI, por aproximadamente 5,4 bilhões de reais. Analistas ressaltam constantemente que o BTG foi rápido e certeiro em seu plano de desinvestimentos, afastando qualquer temor sobre a quebra do banco. Mas, está difícil convencer os investidores de que a lição de casa foi feita.
Há duas semanas a prisão domiciliar de André Esteves foi suspensa e ele voltou ao banco como sócio. Um investigação interna do banco não encontrou indícios da corrupção de Esteves. Mesmo assim, seu futuro é visto como incerto. Recentemente o banqueiro foi citado na delação premiada do senador Delcídio do Amaral.
As ações do BTG Pactual ainda acumulam perdas de 39% desde a prisão de Esteves. “O banco tem uma gestão muito boa, boa rentabilidade e as ações estão num preço bem atrativo. Mas a Lava-Jato é que assusta todo mundo. Eu não vejo o banco voltando ao que era tão cedo”, diz um gestor de fundos.