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O aperto continua nas construtoras

Em um ambiente de crédito restrito, desemprego alto e baixa confiança do consumidor não há milagre que salve as construtoras de mais um aperto nos resultados do terceiro trimestre. O tamanho da dificuldade do setor deve ser conhecido ao longo desta semana, em que nove companhias divulgam seus balanços. Nesta terça-feira será a vez da […]

OBRA DA MRV: a constutora de imóveis populares deve mais uma vez ser destaque de um setor em crise  / Germano Luders (Germano Luders/Exame)

OBRA DA MRV: a constutora de imóveis populares deve mais uma vez ser destaque de um setor em crise / Germano Luders (Germano Luders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2016 às 05h22.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h38.

Em um ambiente de crédito restrito, desemprego alto e baixa confiança do consumidor não há milagre que salve as construtoras de mais um aperto nos resultados do terceiro trimestre. O tamanho da dificuldade do setor deve ser conhecido ao longo desta semana, em que nove companhias divulgam seus balanços.

Nesta terça-feira será a vez da Gafisa que, segundo analistas do banco BTG Pactual, deve apresentar um prejuízo de 27,3 milhões de reais, ante lucro de 13,5 milhões do mesmo período do ano passado. Na prévia já divulgada, a empresa apresentou 497 milhões de reais em vendas contratadas, quase o mesmo patamar do terceiro trimestre de 2015. A estabilidade nas vendas contratadas é um alívio, já que, as vendas das construtoras de capital aberto caíram, em média, 13,3% no período.

O melhor resultado do setor pode vir da construtora de imóveis populares MRV, na quarta-feira 9. Analistas estimam que o lucro da companhia deve chegar a 165 milhões de reais, uma alta de 16% na comparação anual. A explicação continua sendo a triagem mais rigorosa dos compradores, adotada no ano passado, que derrubou o número de distratos. Na quarta-feira a Eztec também divulga seus números. Na quinta-feira 10 será a vez de Cyrela, Even, Rossi e Tecnisa.

Já o balanço mais complicado do setor virá na sexta-feira, com a PDG, que no segundo trimestre apresentou um prejuízo de 740 milhões de reais. A companhia tem uma dívida de 5,4 bilhões de reais e com margens negativas vive à beira de uma recuperação judicial. Para especialistas, as vendas do setor só devem trazer melhoras significativas a partir do segundo semestre de 2017. Isso, é claro, se o Banco Central continuar a reduzir a taxa de juros, a confiança do consumidor avançar e as reformas econômicas forem aprovadas. O caminho é longo; a ver quem sobrevive até lá.

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