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NY deve abrir sob expectativa de fala de Janet Yellen

Os índices futuros começaram a manhã de segunda-feira, 31, em alta


	Janet Yellen: o interesse maior pela apresentação de Yellen é sobre declarações da alta de juros nos EUA
 (AFP/Arquivos)

Janet Yellen: o interesse maior pela apresentação de Yellen é sobre declarações da alta de juros nos EUA (AFP/Arquivos)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2014 às 10h54.

Nova York - Os índices futuros apontam para uma abertura em alta das bolsas norte-americanas no último pregão de março.

A expectativa do dia é para um discurso da presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), Janet Yellen.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro subia 0,52%, o Nasdaq ganhava 0,69% e o S&P 500 avançava 0,55%.

Os índices futuros começaram a manhã de segunda-feira, 31, em alta. Com os principais eventos hoje nos EUA ocorrendo após a abertura do pregão das bolsas, a divulgação de índices de inflação que mostraram desaceleração da alta de preços na Europa ajudou a animar Wall Street.

A expectativa é que a inflação baixa estimule o Banco Central Europeu (BCE) a lançar mão de mais estímulos monetários.

Nos EUA, Wall Street tem as atenções voltadas hoje para Chicago. Primeiro, pela apresentação de Yellen na cidade, que começa às 10h55 (de Brasília). Ela será apresentada pelo dirigente da sucursal do Fed da cidade, Charles Evans. Em segundo lugar, porque será publicado o índice de atividade industrial de Chicago de março.

O interesse maior pela apresentação de Yellen é sobre declarações da alta de juros nos EUA. Para o economista do Royal Bank of Canada, Tom Porcelli, a grande questão é se ela fará novos comentários sobre os cerca de "seis meses" ou se ela vai mudar esta posição.

Na entrevista após a última reunião de política monetária do Fed, no último dia 19, Yellen afirmou que os juros voltariam a subir no país por volta de seis meses após o fim das compras de ativos.

Porcelli diz que sua dúvida, e de todo o mercado, é ver se Yellen reduz um pouco o tom "hawkish" (mais favorável a aumento de juros) mostrado na entrevista feita logo após a reunião. Mas todas estas expectativas podem se frustrar.


"Não está claro ainda se Yellen vai mesmo tocar em temas de política monetária na apresentação", diz ele em um relatório a investidores. Não foi anunciado um tópico para apresentação e Yellen vai falar em uma conferência sobre reinvestimento comunitário. Mas mesmo assim, destaca o economista, parece improvável que ela deixe de lado temas da economia nacional.

Ainda em Chicago, será divulgado às 10h45 (de Brasília) o ISM de março da região, conhecida pela presença da indústria de maquinaria e da cadeia automotiva, por isso, um termômetro do setor de manufatura do país.

O Bank of America Merrill Lynch projeta o indicador em 60,5, acima dos 59,8 de fevereiro. O economista do BoFA, Ethan Harris, destaca em um relatório que março foi um pouco mais quente na gelada região de Chicago, sinalizando alguma recuperação da indústria. Em janeiro e fevereiro, as temperaturas negativas chegaram a ficar abaixo de 20 graus.

No noticiário corporativo, a Johnson & Johnson anunciou hoje a venda de uma unidade de diagnósticos clínicos para o fundo de private equity Carlyle por US$ 4 bilhões. No pré-mercado, o papel da J&J chegou a subir 0,55%.

O Facebook deve continuar no radar dos investidores, depois de suas ações caírem 10% na semana passada após mais uma aquisição bilionária.

"O presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, ficou louco?", pergunta o jornal financeiro Barron's no título de uma reportagem comentando a recente aquisição da Oculus VR, empresa que desenvolveu um óculos em que o usuário pode ver uma realidade virtual, mas que ainda não tem escala comercial. No pré-mercado, a ação do Facebook ensaiava uma recuperação e subia 1,08%.

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