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NY abrirá sob projeção do BCE de menor crescimento

Os pedidos de auxílio-desemprego anunciados nesta quinta-feira, 6, caíram para 346 mil na semana encerrada em 1º de junho


	Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro recuava 0,06%, o Nasdaq ganhava 0,07% e o S&P 500 tinha queda de 0,06%
 (REUTERS/Brendan McDermid)

Bolsa de Nova York: às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro recuava 0,06%, o Nasdaq ganhava 0,07% e o S&P 500 tinha queda de 0,06% (REUTERS/Brendan McDermid)

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Da Redação

Publicado em 6 de junho de 2013 às 10h39.

Nova York - Os índices futuros apontam para uma abertura sem rumo claro das bolsas norte-americanas nesta quinta-feira, 6.

A redução nos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e a manutenção das compras de ativos e dos juros na zona do euro ajudaram a animar os negócios nesta manhã, embora a redução das projeções de crescimento para 2013 do Banco Central Europeu tenha contribuído para reduzir o ritmo dos ganhos.

Às 10h15 (de Brasília), o Dow Jones futuro recuava 0,06%, o Nasdaq ganhava 0,07% e o S&P 500 tinha queda de 0,06%.

Depois de surpreender na semana passada, subindo mais do que o esperado, os pedidos de auxílio-desemprego anunciados nesta quinta-feira, 6, caíram para 346 mil na semana encerrada em 1º de junho.

A previsão dos economistas era de que ficassem em 345 mil. Outro dado referente ao mercado de trabalho foi divulgado pela consultoria especializada em recursos humanos, a Challenger, Gray & Christmas, e mostrou queda no ritmo de demissões em maio. No mês passado, os cortes somaram 36,4 mil, uma redução de 4,5% em relação a abril e de 41% ante maio de 2012.

Na sexta-feira, 7, será anunciado o relatório de emprego do Departamento de Trabalho, que mostra a criação de vagas na economia norte-americana e a taxa de desemprego, com estatísticas de maio.

O Deutsche Bank está pessimista em relação aos números e espera a criação de 135 mil postos, uma desaceleração em relação a abril, quando foram criadas 165 mil vagas. Já o RBC Capital Markets está um pouco mais otimista e aposta em 180 mil vagas.

O relatório é o principal balizador, junto com os dados de inflação, para a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), tema que vem dominando a agenda de discussões em Wall Street. Nesta quinta-feira, 6, dirigentes do Fed fazem discursos, mas devem falar de temas mais técnicos, principalmente sobre bancos.


A diretora Sarah Raskin, que tem poder de voto este ano no Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), destacou nesta manhã que o governo dos EUA precisa concluir as regras do Basileia 3, que exige mais capital dos bancos.

Ainda na agenda, o presidente do Fed da Filadélfia, Charles Plosser, que não vota no Fomc, fala às 13h (de Brasília) sobre os bancos muitos grandes para quebrar. Em apresentação no mês passado, o dirigente defendeu a redução do ritmo de compras mensais de ativos pelo Fed, alegando melhora das condições econômicas.

"Passados dois terços do segundo trimestre, ainda temos um quadro econômico pouco claro do período e as perspectivas são incertas", destaca o estrategista da Raymond James, Scott Brown em uma análise a clientes. Uma das poucas certezas é a de que o mercado de trabalho ainda não mostra "melhora significativa", como quer o Fed, destaca Brown.

Por isso, o interesse pelos discursos e a expectativa por novos indicadores da economia. Na Europa, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter o ritmo de compras de ativos e os juros, mas cortou a previsão de expansão da economia. A expectativa é que o Produto Interno Bruto (PIB) da região encolha 0,6%, ante 0,5% da projeção divulgada anteriormente.

O presidente do BCE, Mario Draghi, destacou que a política monetária vai seguir acomodatícia enquanto for necessário e que os indicadores mais recentes têm mostrado "alguma melhora".

No noticiário corporativo, alguns papéis que começam a fazer parte nesta quinta-feira, 6, de índices importantes de ações das bolsas norte-americanas deve ser destaques.

No índice S&P 500, depois de quatro anos ausente por causa de seus problemas financeiros, a montadora General Motors volta a fazer parte da carteira. Já na Nasdaq, a empresa especializada em aluguel de filmes sob demanda Netflix passa a integrar o índice Nasdaq 100. No pré-mercado, a ação da GM subia 0,44% e a da Netflix tinha pequeno ganho de 0,04%.

Na agenda empresarial, a maior bandeira de cartões de crédito do mundo, a Visa, tem reunião nesta quinta-feira, 6, com investidores e analistas. Relatórios de bancos de investimento recomendam atenção ao papel, já que podem sair declarações importantes no encontro. No seu segundo trimestre fiscal, a Visa teve aumento de 15% nas receitas, mas o lucro caiu 2%, conforme resultados anunciados no mês passado.

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