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NY abre em leve queda após dados de emprego

Por Luciana Xavier Nova York - Os investidores em Wall Street estavam animados esta manhã com a perspectiva de mais afrouxamento monetário nos Estados Unidos e em outras economias avançadas. Até que dados decepcionantes sobre o trabalho no setor privado norte-americano chegaram para minar um pouco desse otimismo, tirando o fôlego das bolsas, que abriram […]

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2010 às 07h36.

Por Luciana Xavier

Nova York - Os investidores em Wall Street estavam animados esta manhã com a perspectiva de mais afrouxamento monetário nos Estados Unidos e em outras economias avançadas. Até que dados decepcionantes sobre o trabalho no setor privado norte-americano chegaram para minar um pouco desse otimismo, tirando o fôlego das bolsas, que abriram em leve queda

Às 10h34 (de Brasília), no entanto, o Dow Jones registrava leve alta de 0,09% aos 10.954,25 pontos, o Nasdaq caia 0,18% para 2.395,64 pontos e o S&P 500 tinha pequeno ganho de 0,06% aos 1.161,04 pontos

O Relatório ADP/Macroeconomic Advisers mostrou hoje queda de 39 mil empregos no setor privado em setembro, frustrando expectativa de aumento de 20 mil vagas.

Também os dados da pesquisa Challenger Gray & Christmas, que saíram esta manhã, mostraram piora no mercado de trabalho. Empregadores dos Estados Unidos disseram que iriam cortar 37.151 postos de trabalho em setembro, um aumento de 7% ante as 34.768 demissões anunciadas em agosto.

Mas no acumulado do ano, os cortes anunciados estão 64% abaixo dos 1,13 milhão de demissões nos primeiros nove meses de 2009. "Há contratações ocorrendo na economia, mas não o suficiente para se sobressair diante do número de desempregados", disse John Challenger, executivo-chefe da empresa com sede em Chicago.

Os números de hoje não foram um bom agouro para os dados de payroll que saem na sexta-feira. A expectativa é de que a taxa de desemprego suba de 9,6% em agosto para 9,7% em setembro.

No cenário global, depois de o Japão adotar o juro zero e a Austrália adiar alta da taxa, os mercados dão como certo que o Federal Reserve renovará o afrouxamento quantitativo, provavelmente na reunião de novembro.

Outro assunto que está sob os holofotes é a guerra cambial mundial. O chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, alertou que de fato haverá uma guerra de moedas se os governos tentarem manipular suas taxas de câmbio para resolver problemas domésticos. O assunto está na agenda dos encontros do FMI e Banco Mundial em Washington, que começa oficialmente na sexta-feira e termina no domingo.

No front corporativo, a AMR informou que o tráfego na American Airlines, sua principal subsidiária, aumentou 5,6% em setembro e a capacidade de transporte de passageiros cresceu 4,8%.

A Costco informou que registrou lucro líquido de US$ 0,97 por ação, acima dos US$ 0,95 por ação estimado por analistas.

A General Electric disse que teve sua oferta de compra recusada pela britânica Wellstream Holdings, de cerca de US$ 1,2 bilhão. A GE disse que não sabe ainda se irá aumentar a oferta.

A Johnson & Johnson anunciou que irá comprar 82% da companhia biofarmacêutica Crucell, por US$ 2,42 bilhões.

A Rio Tinto pode desistir do acordo de fusão de US$ 116 bilhões com BHP Billiton nas operação de minério de ferro na Austrália. O acordo foi anunciado no ano passado, quando os preços do minério de ferro estavam bem mais baixos que hoje, mas agora a Rio Tinto diz que o negócio pode não ser mais interessante.

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