Sapato Melissa, da Grendene | Foto: Divulgação (Divulgação/Grendene/Divulgação)
Guilherme Guilherme
Publicado em 8 de outubro de 2021 às 12h25.
Última atualização em 8 de outubro de 2021 às 19h59.
As ações da Grendene (GRND3) encerraram com alta de 8,11% nesta sexta-feira, 8, depois que a empresa, dona das marcas de calçados Melissa, Rider, Cartago e Ipanema, divulgou que fechou um acordo para distribuição e venda de seus produtos no exterior. A alta é a maior já registrada pelos papéis desde março de 2020.
A internacionalização da companhia se dará por meio de uma joint venture formada com a gestora 3G Radar -- ligada à 3G Capital, de Jorge Paulo Lemann, Carlos Alberto Sicupira e Marcel Telles --, que terá 50,1% do negócio.
Controlada e gerida pela 3G, a empresa se chamará Grendene Global Brands Limited e terá sede no Reino Unido. Dependendo do desempenho da joint venture, a 3G ganhará a opção de adquirir até 12% do capital social da Grendene. Atualmente, a gestora, que é acionista relevante da companhia desde 2018, possui cerca de 7% das ações.
O investimento inicial do negócio será de 50 milhões de dólares, que partirá da 3G e da Grendene na mesma proporção do capital na empresa. Outros 50 milhões de dólares poderão ser adicionados caso requerido pelo conselho da joint venture, formado por dois membros da Grendene e um da 3G.
A reação positiva de investidores foi atribuída ao fato de que a Grendene, com a gestão indireta do trio de empreendedores mais bem-sucedido em internacionalização da história brasileira, pode seguir os passos da Havaianas, da Alpargatas (ALPA4), que desde 2017 pertence à Itaúsa (ITSA4) e à Cambuhy, das famílias Villela, Setúbal e Moreira Salles.