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No radar: sanção do Orçamento, BCE e o que mais move o mercado

Com foco em temporada de balanços e discurso de Lagarde, bolsas da Europa abrem em alta

Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Economia, Paulo Guedes (Adriano Machado/Reuters)

Presidente Jair Bolsonaro e ministro da Economia, Paulo Guedes (Adriano Machado/Reuters)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 22 de abril de 2021 às 06h50.

Última atualização em 22 de abril de 2021 às 07h23.

As principais bolsas da Europa avançam na manhã desta quinta-feira, 22, com investidores à espera da decisão monetária do Banco Central Europeu (BCE) e atentos aos últimos resultados da temporada de balanços do primeiro trimestre. Nos Estados Unidos, onde as bolsas voltaram a subir na véspera após um início de semana de cautela, os índices futuros oscilam próximos da estabilidade.

BCE

No mercado, a ampla expectativa é de manutenção da taxa de depósito em 0,5% negativo e sinalizações de continuidade do programa de recompra de títulos por parte da presidente do BCE, Christine Lagarde. A decisão está prevista para sair pouco antes de abrir o mercado de futuros no Brasil, às 8h45. 

Orçamento

Já entre os investidores locais, as atenções estarão voltadas para Brasília, onde se espera que o presidente Jair Bolsonaro sancione o Orçamento de 2021 nesta quinta. Na véspera, Bolsonaro sancionou a lei que retira gastos com programas emergenciais da meta fiscal - que até então vinha sendo um impasse para aprovação do Orçamento.

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Volta de feriado

Além do cenário externo favorável e (possível) fim das incertezas sobre o Orçamento, o Ibovespa deve absorver parte da alta registrada nas bolsas internacionais na quarta-feira, 21, quanto o mercado local esteve fechado em função do feriado de Tiradentes. Ontem, os principais índices americanos registraram alta de cerca de 1%, enquanto o ETF EWZ (que representa o mercado brasileiro em Nova York) avançou 0,23%.

GPS e Hospital Care precificam IPO

Estão previstas para esta quinta a precificação das ofertas públicas iniciais (IPOs, na sigla em inglês) do Grupo GPS e do Hospital Care

Do setor de segurança, o GPS havia estabelecido a faixa indicativa de 13 reais a 15,50 reais por ação. No entanto, de acordo com reportagem da Exame In, o grupo estaria disposto a aceitar o preço de 11,50 reais por ação, diminuindo o valor da empresa em 2 bilhões de reais em relação à avaliação anterior para 7,5 bilhões de reais. A expectativa é de que a empresa levante 1,9 bilhão de reais.

Em uma oferta menor, o Hospital Care havia definido a faixa indicativa entre 22,50 reais e 28,50 reais. Caso saia no centro da faixa, a 25,50 reais por ação, o IPO deve movimentar 790,5 milhões de reais. 

Agenda econômica

Sem grandes divulgações macroeconômicas no Brasil, o principal dado do dia ficará a cargo dos pedidos semanais de seguro desemprego dos Estados Unidos. De acordo com a mediana das estimativas, devem ser registrados 617.000 pedidos, pouco mais que os 576.000 da última semana - o menor número desde março do ano passado, que marcou o início dos impactos da pandemia na economia americana.

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