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Na véspera do IPO, GPS aceita desconto de 15% e é avaliada em R$ 7,5 bi

Companhia de solução de segurança e logística interna para empresas despertou atenção de investidores institucionais pelo histórico de crescimento

Grupo GPS: fundos de private equity Warburg Pincus e Gávea ajudaram no processo de consolidação do segmento (Germano Lüders/Exame)
Grupo GPS: fundos de private equity Warburg Pincus e Gávea ajudaram no processo de consolidação do segmento (Germano Lüders/Exame)
GV

Graziella Valenti

20 de abril de 2021 às 19:07

Na véspera de fechar a oferta pública inicial (IPO), o bilionário Grupo GPS  sinalizou que vai aceitar um desconto de quase 15% no preço das ações, em relação ao piso do intervalo sugerido — que ia de R$ 13 a R$ 15,5. O novo valor é de R$ 11,25. A companhia atua principalmente em soluções de segurança e logística indoor, além de serviços de engenharia e manutenção, e tem mais de 2.700 empresas como clientes, com presença praticamente nacional. O fechamento do preço mesmo ocorre amanhã.

Com o desconto, o valor da companhia fica em R$ 7,5 bilhões após a capitalização, o que significa R$ 2 bilhões a menos em relação à avaliação que seria no centro da faixa de preço. A relação entre o valor de empresa e o Ebitda cai de cerca de 18 vezes para 15 vezes. A oferta base, que seria de R$ 2,5 bilhões (metade primária e metade secundária), se ajusta para R$ 1,9 bilhão.

O grupo chamou atenção de diversos investidores pelo histórico de forte crescimento orgânico, somado à consolidação, e com rentabilidade. Mas o momento de maior seletividade tem afetado a todas as pretendentes da fila de ofertas, quase que indistintamente.

A partir de 2007, o grupo GPS inicou um grande processo de reestruturação e atraiu fundos de private equity. Atualmente, Warburg Pincus tem pouco mais de 21% e Gávea, 14%. Desde então, acumula 30 aquisições. A taxa de crescimento médio orgânica e inorgânica desde então é de 32%. Quando o intervalo medido são os últimos cinco anos, a expansão média de receita foi de 14%.

O número é de encher os olhos ainda mais para um Brasil em recessão, em especial levando-se em consideração que mais de 40% do faturamento vem do setor industrial. No ano passado, a receita líquida da companhia foi de R$ 4,9 bilhões e o Ebitda de R$ 564 milhões, com margem ligeiramente acima de 11%.

A oferta é coordenada pelo Itaú BBA e o sindicado inclui Bofa, Goldman Sachs, BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME), Citi e Morgan Stanley.

 

 

 

 

 

 

 

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