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No radar: eleições americanas, Itaú e o que mais move o mercado

Investidores internacionais seguem otimistas antes do fim da votação nos Estados Unidos, mas incertezas permanecem

Joe Biden x Donald Trump: votações encerram nesta terça-feira (Brian Snyder/Carlos Barria/Reuters)

Joe Biden x Donald Trump: votações encerram nesta terça-feira (Brian Snyder/Carlos Barria/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 3 de novembro de 2020 às 06h56.

Última atualização em 3 de novembro de 2020 às 07h13.

Chegou o dia das eleições americanas. E ainda que, nesta terça-feira, 3, as bolsas internacionais deem continuidade ao movimento de alta do início da semana, as incertezas sobre o que ocorrerá após o fim das votações permanecem. Além da dúvida quanto ao resultado, tendo em vista a disputa acirrada entre republicanos e democratas em estados-chave, a possibilidade de haver contestação e atraso nos procedimentos é tido como um dos piores cenários para mercado. No começo desta manhã, o índice futuro do S&P 500 avançava 1,23%, enquanto, na Europa, o Stoxx 600 subia cerca de 1%.

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O mercado brasileiro, que volta de feriado nesta terça, deve absorver parte do otimismo internacional de ontem e de hoje. Na segunda-feira, 2, o ETF EWZ, que representa a bolsa brasileira no exterior, subiu 1,15%.

Por outro lado, investidores devem repercutir as recentes declarações do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, de que o ministro Paulo Guedes seria uma voz isolada favorável à manutenção do teto de gastos dentro do governo. Na última semana, o Ibovespa teve a pior semana desde maço, recuando 7,22%. Além do clima de eleições americanas e do cenário político, os investidores locais estarão atentos aos resultados da temporada de balanços do terceiro trimestre, que segue intensa no Brasil, e à ata do Copom.

Itaú

Principal banco de varejo do país, o Itaú irá divulgar seu resultado após o encerramento do pregão. Do setor, Santander e Bradesco já apresentaram balanço, e, embora tenham sido considerados bons, os efeitos em suas ações foram negativos. O Banco do Brasil irá apresentar o resultado do terceiro trimestre somente no dia 6, sendo o último entre os quatro grandes a divulgar resultado, embora o BB Seguridade também reporte hoje.

TIM

Com divulgação de balanço prevista para esta noite, a TIM vinha de seis quedas consecutivas na bolsa. Pelas estimativas de mercado feitas antes do início da temporada de balanços, a TIM deve apresentar alta trimestral de 47% em seu lucro líquido e de 8% em sua receita, embora se espere que o lucro líquido fique 22% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado.

Ânima compra Laureate

A Ânima firmou um contrato com a Laureate Brasil para a aquisição de todos os ativos do grupo. Entre eles estão 11 instituições de ensino superior, tendo entre elas a Universidade Anhembi Morumbi e o Centro Universitário FMU. Pelos termos da transação, a Ânima deve pagar 4,4 bilhões de reais, sendo 3,777 bilhões de reais em dinheiro e 632 milhões de reais em forma de dívida assumida pela Ânima. A operação ainda precisa ser aprovada pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A Ânima informou que irá pagar a multa de 180 milhões à Ser Educacional referente ao processo de go shop. A proposta da Ser pela Laureate havia sido de 4 bilhões de reais, mas apenas 1,7 bilhão de reais em dinheiro.

Retrospectiva

No último pregão, o Ibovespa caiu 2,72% para 93.952,40 pontos, enquanto o dólar recuou 0,47% e encerrou sendo vendido a 5,738 reais.

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