Mercados

No radar: Biden próximo da vitória, Fed e o que mais move o mercado

Decisão de juros nos Estados Unidos pode ocorrer sem que se saiba quem irá governar o país pelos próximos quatro anos; bolsas sobem e dólar cai

Joe Biden: candidato democrata se aproxima de vitória (Brian Snyder/Reuters)

Joe Biden: candidato democrata se aproxima de vitória (Brian Snyder/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 5 de novembro de 2020 às 06h54.

Última atualização em 5 de novembro de 2020 às 08h58.

As bolsas internacionais retomam o movimento de alta nesta quinta-feira, 5, enquanto se aproxima do fim a contagem de votos para saber quem será o novo presidente dos Estados Unidos. À frente na apuração, Joe Biden precisa manter a vantagem no estado de Nevada ou virar em Georgia (onde a diferença é de menos de 1 p.p.) para vencer a disputa. Caso isso se concretize, o país terá, novamente, um governo divido, tendo em vista que os republicanos caminham para manter a maioria no Senado e os democratas conseguiram a maioria na Câmara.

A política vai seguir dando o tom na bolsa? Vai. E você pode aproveitar as oportunidades. Assine gratuitamente a EXAME Research

No mercado, os investidores seguem atentos aos resultados das eleições, mas praticamente sem precificar a possiblidade de haver contestação de resultados na Suprema Corte, que alongaria ainda mais a espera pelo resultado. Em meio à permanente incerteza, o índice de Nasdaq volta a se destacar, subindo mais de 2%. Na Europa, o índice pan-europeu Stoxx 600 avança cerca de 0,5% e o dólar é negociado, majoritariamente, em queda no mundo.

Fed

Apesar das atenções continuarem na disputa pela Casa Branca, o dia é de agenda econômica cheia. Sem contar as eleições, o principal evento do dia ficará com a decisão monetária dos Estados Unidos. A expectativa é de manutenção dos juros no intervalo entre 0% e 0,25% ao ano. Como de praxe, o presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, irá discursar e responder perguntas de jornalistas sobre como vê o cenário econômico. Investidores devem buscar em sua fala pistas sobre como o Fed continuará guiando a política monetária do país.

Pedidos de seguro

Principal indicador de curto prazo para avaliar como o mercado de trabalho americano está se recuperando da pandemia, os pedidos de seguro desemprego sairão às 10h30 e não mais às 9h30, devido ao fim do horário de verão nos Estados Unidos. A expectativa é que se renove o menor patamar desde meados de março, ficando em 732.000 pedidos. O número ficou abaixo dos 800.000 nas últimas duas divulgações.

PMIs no Brasil

Na agenda econômica brasileira, o indicador do dia ficará com o índice de gerente de compras (PMI, na sigla em inglês) composto e de serviços referentes ao mês de outubro. Na última publicação o PMI de serviços havia superado pela primeira desde fevereiro a marca dos 50 pontos que delimitam a expansão da contração da atividade econômica.  O PMI composto está acima da linha desde a publicação de agosto.

Balanços

A agenda de resultados corporativos também será recheada nesta quinta. Banco do Brasil, BMG, Tenda, Valid, Renner, Sanepar, Iguatemi e AES Tietê devem divulgar seus resultados do terceiro trimestre após o encerramento do pregão. BR Properties, Alpargatas, Hering, Profarma, d1000, Ultrapar e Ecorodovias divulgaram balanço na noite de ontem.

Retrospectiva

O Ibovespa subiu 1,97% no pregão de ontem e fechou em 97.866,81 pontos, enquanto o dólar caiu 1,89% e encerrou sendo vendido a 5,653 reais - o menor patamar em pouco mais de uma semana.

EXAME Flash

Ouça um rápido resumo das principais notícias e destaques do Brasil e do mundo em uma curadoria especial do time da Exame.

Acompanhe tudo sobre:bolsas-de-valoresCâmbioIbovespa

Mais de Mercados

Escândalo de suborno nos EUA custa R$ 116 bilhões ao conglomerado Adani

Dividendos bilionários da Petrobras, pacote fiscal e cenário externo: assuntos que movem o mercado

Ação da Netflix tem potencial de subir até 13% com eventos ao vivo, diz BofA

BTG vê "ventos favoráveis" e volta recomendar compra da Klabin; ações sobem