Mercados

No radar: BCs, minério de ferro e o que mais move o mercado nesta quinta

Commodity volta a se desvalorizar na bolsa de Dalian e deve seguir pressionando ações de empresas do setor

Minério de ferro: commodity negociada no mercado de futuros de Dalian volta a se desvalorizar (Beawiharta/Reuters)

Minério de ferro: commodity negociada no mercado de futuros de Dalian volta a se desvalorizar (Beawiharta/Reuters)

GG

Guilherme Guilherme

Publicado em 17 de setembro de 2020 às 06h59.

Última atualização em 17 de setembro de 2020 às 11h20.

Os mercados iniciam esta quinta-feira, 17, no vermelho, após o presidente do Federal Reserve,, não ter atendido às expectativas por mais medidas de estímulos, mantendo o tom do discurso e os juros americanos entre o intervalo de 0% e 0,25%.

Assim como nos Estados Unidos, no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa de juros inalterada, em 2%, interrompendo o ciclo de corte de juros.

BCs

Nesta quinta, os Bancos Centrais seguem como ponto de atenção. Além das decisões do Fomc e Copom, os mercados devem repercutir os resultados das reuniões do Bank of Japan, que também manteve sua taxa de juros, em -0,10%, e do Bank of England, divulgada às 8h.

EUA

Nos Estados Unidos, como toda quinta-feira, será divulgado os dados semanais de seguro desemprego. As estimativas dos economistas apontam para 850.000 pedidos. Se concretizada, este será o menor nível de pedidos de seguro desemprego desde o início dos impactos da pandemia na economia americana, em meados de março. Na última semana, se esperava que o número viesse até abaixo dos 850.000, o que o não ocorreu.

Ainda na agenda americana, os investidores devem ficar atentos aos dados de licenças para construção de agosto, um dos principais indicadores do mercado imobiliário do país. Os números de licenças vêm subindo sequencialmente desde abril, quando bateu o menor patamar desde 2016. Se confirmada a expectativa de 1,520 milhão de licenças, será o maior nível desde janeiro.

Minério de ferro

O minério de ferro teve mais um dia de desvalorização na bolsa chinesa de Dalian. A desvalorização ocorre em meio ao aumento da oferta de mineiro e à aproximação do feriado chinês do Dia Nacional. Também conhecido como Semana de Ouro, o feriado irá interromper as negociações nas bolsas chinesas do dia primeiro de outubro a sete de outubro.

“Esse feriado que vai durar uma semana inteira impede que os investidores saiam da posição, então o minério de ferro já começa a cair antes”, comenta Jefferson Laatus, estrategista-chefe do Grupo Laatus.

A desvalorização da commodity, que já ultrapassa 5% na semana, tem tido impactos nas ações de minerados no Brasil, como Vale e CSN, que, no último pregão, caíram 2,6% e 1,69%, respectivamente.

Estreia na B3

As ações da incorporadora Plano & Plano, subsidiária da Cyrela, começam a ser negociadas nesta quinta-feira no segmento Novo Mercado da B3, que possui mais rígidos requisitos de governança da bolsa. Quarta empresa do setor a ser listada na bolsa somente neste ano, os papéis da companhia foram precificados abaixo da faixa indicativa. No mercado, os investidores relatam baixa demanda por IPOs de construtoras.

Retrospectiva

Na véspera, o Ibovespa caiu 0,62% puxado pelas exportadoras e voltou a encerrar abaixo dos 100.000 pontos, em 99.678,69 pontos. O dólar caiu 0,9% e fechou cotado a 5,241 reais, renovando a mínima desde julho.

Acompanhe tudo sobre:Açõesbolsas-de-valoresCâmbioDólarMercado financeiro

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado