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Ninguém quer saber dos títulos dos PIIGS

Gestoras de recursos estão desistindo de comprar os papéis com problemas de alto endividamento

Os rendimentos dos bônus italianos atingiram o maior nível dos 11 anos de história do euro (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)
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Da Redação

Publicado em 2 de agosto de 2011 às 11h32.

São Paulo – O segundo pacote de ajuda concedido à Grécia não foi suficiente para dissolver os temores relacionados à crise de dívida pública que atinge diversas nações da Europa. Grandes gestoras de recursos ainda evitam a compra de bônus de países que compõem o grupo dos PIIGS (Portugal, Irlanda, Itália, Grécia e Espanha), principalmente por conta do medo de contágio que pode atingir toda a região, revela reportagem da Bloomberg.

A Merrill Lynch Global Wealth Management, unidade do Bank of America Merrill Lynch (BofA) e que gerencia 1,5 trilhão de dólares em recursos, tem desprezado os títulos destes países desde que decidiu evitá-los em abril de 2010, segundo declarou à Bloomberg o estrategista Johannes Jooste. As alemãs DWS Investment, que gerencia 390 bilhões de dólares em recursos, e a Legal & Investment Management também compartilham a mesma opinião.

Esta falta de entusiasmo das gestoras de recursos com os bônus dos PIIGS ganhou proporção após o segundo pacote de ajuda à Grécia, concedido há duas semanas, ter feito disparar as taxas de bônus da Espanha e da Itália para níveis recordes.

Os rendimentos dos bônus italianos atingiram o maior nível dos 11 anos de história do euro, equiparando-se aos juros espanhóis e sinalizando que Roma está ultrapassando Madri como o principal foco da preocupação do investidor sobre a sustentabilidade da dívida pública.

Segundo o jornal alemão Der Spiegel em reportagem publicada nesta segunda-feira, o avanço na procura por CDSs (Credit Default Swap), que funcionam como um seguro contra um possível calote nos papéis do governo, para a dívida italiana é o maior do que qualquer outro país.

O volume financeiro girado pelos contratos do CDS italiano é de quase 306 bilhões de dólares, acima do Brasil (179 bilhões de dólares) e da Espanha (176 bilhões de dólares). Desde a metade de junho, as apostas contra a Itália subiram 23 bilhões de dólares e contra a Espanha aumentaram em 18 bilhões de dólares. A bolsa do país despencou 3,87% ontem, para 17.720 pontos.

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Esta falta de entusiasmo das gestoras de recursos com os bônus dos PIIGS ganhou proporção após o segundo pacote de ajuda à Grécia, concedido há duas semanas, ter feito disparar as taxas de bônus da Espanha e da Itália para níveis recordes.

Os rendimentos dos bônus italianos atingiram o maior nível dos 11 anos de história do euro, equiparando-se aos juros espanhóis e sinalizando que Roma está ultrapassando Madri como o principal foco da preocupação do investidor sobre a sustentabilidade da dívida pública.

Segundo o jornal alemão Der Spiegel em reportagem publicada nesta segunda-feira, o avanço na procura por CDSs (Credit Default Swap), que funcionam como um seguro contra um possível calote nos papéis do governo, para a dívida italiana é o maior do que qualquer outro país.

O volume financeiro girado pelos contratos do CDS italiano é de quase 306 bilhões de dólares, acima do Brasil (179 bilhões de dólares) e da Espanha (176 bilhões de dólares). Desde a metade de junho, as apostas contra a Itália subiram 23 bilhões de dólares e contra a Espanha aumentaram em 18 bilhões de dólares. A bolsa do país despencou 3,87% ontem, para 17.720 pontos.

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