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Perdas da Amazon, Apple, Microsoft, Meta e Google superam o PIB do Brasil

Grupo formado pelas principais empresas de tecnologia da Nasdaq perdeu cerca de US$ 2 trilhões em valor de mercado no ano

Painel da Nasdaq em Nova York (Getty/Getty Images)

Painel da Nasdaq em Nova York (Getty/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 10 de maio de 2022 às 09h28.

Última atualização em 13 de maio de 2022 às 11h20.

Temores sobre um aperto mais elevado no ciclo de alta de juros dos Estados Unidos têm provocado quedas significativas nas bolsas de valores do mundo inteiro. Mas nenhum grupo de ações tem sofrido tanto quanto o de tecnologia.

A Nasdaq, conhecida por abrigar as maiores empresas do setor, vem apresentando um dos piores desempenhos do mundo neste ano.

Somente os mercados da Rússia, onde há uma guerra em curso, e o da China, afetado por restrições relacionadas à pandemia, caíram mais que a bolsa de tecnologia americana.

O índice Nasdaq já caiu 25% desde o início do ano e está com pouco mais de 28% de queda em relação à máxima alcançada em novembro.

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As FAANMG (Facebook, Amazon, Apple, Netflix, Microsoft e Google) já perderam US$ 2,3 trilhões em valor de mercado. O montante é maior que todo o PIB do Brasil de 2021, que ficou em US$ 1,6 trilhão.

Em termos nominais, a Amazon teve a maior desvalorização do grupo formado por algumas das principais empresas da Nasdaq. A companhia de Jeff Bezos perdeu US$ 524 bilhões neste ano, com seu valor de mercado caindo de US$ 1,691 trilhão para US$ 1,167 trilhão.

A maior parte da desvalorização veio após o resultado do primeiro trimestre, em que a empresa apresentou o primeiro prejuízo trimestral desde 2015.

Mas a foi a Netflix que, proporcionalmente, sofreu mais neste começo de ano. A companhia perdeu cerca de 70% de seu valor de mercado, que caiu de US$ 267 bilhões para US$ 80 bilhões. Um dos principais motivos da queda foi a primeira redução do número de assinaturas desde 2010 registrada neste ano.

Nem mesmo a Apple, que apresentou números acima do esperado em balanço do primeiro trimestre, escapou do mau humor sobre empresas de tecnologia. A maçã mais valiosa do mundo perdeu US$ 356 bilhões de valor de mercado. A queda reduziu ainda mais a diferença entre a Apple e a petrolífera árabe Saudi Aramco no ranking das empresas mais valiosas do mundo.

Enquanto o valor de mercado da Apple caiu de próximo de US$ 3 trilhões para US$ 2,545 trilhões, a Saudi Aramco, que valia US$ 1,908 trilhão no início do ano, passou a valer US$ 2,392 trilhões -- impulsionada pela valorização do petróleo.

Se a Apple, que revolucionou a história da tecnologia, irá perder o posto de empresa mais valiosa do mundo para uma companhia ligada à "velha economia", só o tempo, o Federal Reserve e os preços do petróleos vão dizer. 

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