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Mudança da BM&FBovespa pode gerar consolidação de corretoras

Diferente do modelo atual, que classifica todas as 73 corretoras de igual forma, o novo modelo divide essas instituições em duas classes

Bolsa de valores: BM&FBovespa calcula que cerca de 30 distribuidoras pedirão para serem classificadas como PN (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 8 de agosto de 2014 às 13h42.

São Paulo - A BM&FBovespa inaugura na semana que vem novo sistema de acesso das corretoras , que pode resultar numa consolidação no mercado de corretoras de valores mobiliários.

Diferente do modelo atual, que classifica todas as 73 corretoras de igual forma, o novo modelo divide essas instituições em duas classes.

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As que mantiverem o status atual serão classificadas como participantes plenas (PNP). As demais serão apenas participantes (PN) e passarão a operar no mercado por meio de uma PNP.

Segundo o diretor de operações e clearing da BM&FBovespa, Cícero Vieira, a mudança permitirá uma flexibilização organizada do mercado. De saída, quem migrar de PNP para PN ficará livre da garantia de 25 milhões de reais que a bolsa exige de todas as corretoras plenas.

"Elas terão liberdade de usar esse capital no desenvolvimento de seus negócios", disse Vieira.

A avaliação da BM&F é de que essa garantia exigida é inócua em muitos casos, especialmente para corretoras com modelos de negócio mais segmentados.

"Não importa que tamanho ou desenho a corretora tem, a garantia é 'extra large' para todas", disse Vieira.

Outro benefício da mudança recentemente aprovada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e que será comunicada oficialmente para as corretoras na semana que vem é a maior institucionalização das atividades de várias partes do mercado, segundo o executivo.

Grupos como distribuidoras de valores (DTVM), corretoras de títulos (CTVM), corretoras de mercadorias e bancos de investimentos que operem na bolsa terão que ter a certificação de PN.

Pelas contas da bolsa, existem atualmente cerca de 300 instituições que seriam potenciais candidatas a entrar nessa categoria.

A BM&FBovespa calcula que cerca de 30 distribuidoras pedirão para serem classificadas como PN. Além disso, até o fim do ano de 10 a 15 corretoras hoje 'plenas' também pedirão para se tornarem PN, previu o presidente-executivo da bolsa, Edemir Pinto.

Independente da categoria, a supervisão das instituições será feita pela BSM, órgão regulador da BM&FBovespa. O funcionamento no novo modelo deve começar em janeiro de 2015.

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