Os dois segmentos da Hypermarcas têm crescido acima do PIB brasileiro nos últimos anos (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 8 de maio de 2013 às 15h13.
São Paulo - A agência de classificação de risco Moody’s elevou a nota em escala global concedida à Hypermarcas (HYPE3) de Ba3 para Ba2. Em escala nacional, a nota foi elevada de A2.br para A1.br. A perspectiva para os dois ratings é estável.
O rating da emissão de notas sênior de 750 milhões de dólares com vencimento em 2021 também foi alterado, passando de Ba3 para Ba2.
Segundo o comunicado enviado à imprensa, a elevação das notas reflete a melhora nas métricas de crédito da Hypermarcas observada nos últimos trimestres, como resultado de seu foco em ativos de sua atividade principal, crescimento orgânico e de desalavancagem.
A empresa registrou 478 milhões de reais de fluxo de caixa livre ajustado após dividendos e investimentos em 2012 e foi capaz de reduzir a relação de alavancagem bruta ajustada de 6,8 vezes em 2011 para 4,3 vezes em dezembro de 2012.
A Moody’s afirma ainda que os ratings da Hypermarcas são suportados pelo seu modelo de negócio sólido, tanto no segmento de consumo como no de farma com um grande e forte portifólio de marcas que têm posições de liderança em seus mercados.
Além disso, os fundamentos da indústria são vistos como fortes pela agência. Ambos os segmentos têm crescido acima do PIB brasileiro nos últimos anos, impulsionados pelas baixas taxas de desemprego, a maior renda da população e o aumento da classe média do país.
A análise, que é assinada por Marianna Waltz, vice-presidente da Moody’s, destaca que há uma certa vulnerabilidade nos segmentos de genéricos da Hypermarcas, que representam aproximadamente 14% das vendas da empresa. “Embora o potencial de crescimento para esses mercados seja alto, o poder de precificação está nas mãos das grandes redes de drogarias, o que poderia traduzir-se em margens mais pressionadas”, explica a analista.
Em relação às aquisições, características da Hypermarcas, a agência acredita que, no médio prazo, a empresa vai prosseguir com uma estratégia de crescimento orgânico. Além disso, qualquer aquisição que possa pressionar as métricas financeiras ou trazer investimentos de integração significativos será visto como negativa para o crédito da empresa.
A perspectiva estável reflete a expectativa da Moody’s de que a empresa vai seguir uma estratégia de crescimento orgânico nos próximos trimestres e manter-se disciplinada com as necessidades de capital de giro e as despesas de investimento. Melhorias adicionais nos índices de alavancagem, apoiadas pela redução da dívida e um fluxo de Ebitda mais forte, também são esperadas.