Mercados

Moody's põe nota da Petrobras (Baa2) em revisão para baixo

Estatal poderá ficar a apenas um nível de perder o grau de investidor


	Petrobras: agência está preocupada com os riscos de liquidez que possam surgir, se a companhia não entregar a tempo seus balanços financeiros
 (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

Petrobras: agência está preocupada com os riscos de liquidez que possam surgir, se a companhia não entregar a tempo seus balanços financeiros (Tânia Rêgo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 20h05.

A agência de classificação financeira Moody's colocou em revisão para baixo a nota da dívida da Petrobras, atualmente em Baa2, que poderá ficar a apenas um nível de perder o grau de investidor.

"A Moody's colocou a classificação Baa2 da Petrobras em revisão para uma possível queda, devido à preocupação com os riscos de liquidez que possam surgir, se a companhia não cumprir sua obrigação de entregar a tempo seus balanços financeiros", afirma a agência em um comunicado.

Mergulhada em um escândalo de corrupção, a maior empresa brasileira ainda não apresentou o balanço a ser auditado internacionalmente de seus resultados do terceiro trimestre. Esta foi a primeira vez, em seus 61 anos de existência, que a Petrobras deixa de cumprir o prazo de entrega, o que preocupa investidores.

"As demoras prolongadas em apresentar os balanços financeiros trazem um possível risco de que os proprietários de bônus optem por enviar um requerimento de pagamento", explica a Moody's.

A Moody's informou que fatores como a falta de progresso para apresentar os balanços, ou o tipo de apoio que a empresa venha a receber do governo, se for necessário, serão observados muito de perto para decidir o futuro da classificação.

Acompanhe tudo sobre:Capitalização da PetrobrasCorrupçãoEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEscândalosEstatais brasileirasFraudesGás e combustíveisIndústria do petróleoMoody'sPetrobrasPetróleo

Mais de Mercados

Realização de lucros? Buffett vende R$ 8 bilhões em ações do Bank of America

Goldman Sachs vê cenário favorável para emergentes, mas deixa Brasil de fora de recomendações

Empresa responsável por pane global de tecnologia perde R$ 65 bi e CEO pede "profundas desculpas"

Bolsa brasileira comunica que não foi afetada por apagão global de tecnologia

Mais na Exame